Uma decisão de Flavio Bretas Soares, juiz da Infância e Juventude do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, impediu a participação de Matheus Braga, 13, na estreia do espetáculo "Memórias de um Gigolô", que aconteceu nesta sexta-feira (10) às 21h30, no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.
O musical, baseado no romance homônimo publicado em 1968 pelo escritor paulista Marcos Rey (1925-1999), foi escrito e dirigido por Miguel Falabella, inclusive as letras das canções, compostas por Josimar Carneiro. É um raro espetáculo inteiramente nacional, no gênero.
| Reprodução/Instagram/matheusbragabr | ||
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| O ator mirim Matheus Braga, proibido de estrelar o musical "Memórias de um Gigolô" |
A produção vem buscando reverter a medida em segunda instância, desde então, mas uma nova decisão acabou ficando apenas para a próxima segunda (13). O argumento para a proibição, segundo a produção, foi a presença de suposta linguagem inadequada, que poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico do jovem ator.
SEIS MUSICAIS
Ao longo da sexta, Falabella reestruturou o espetáculo, principalmente o primeiro ato, que contava com uma participação maior do intérprete vetado. Foi retirada uma das 14 músicas, que seria cantada por ele.
Experiente apesar da idade, Matheus Braga tem seis musicais no currículo, entre eles "Miss Saigon", que interpretou aos cinco anos, "O Rei Leão" e "Um Violonista no Telhado". Seus pais acompanharam os ensaios e aprovaram sua participação.
Em "Memórias de um Gigolô", ele faria o jovem Mariano, que na fase adulta é interpretado pelo protagonista Leonardo Miggiorin.
Já adaptado pela Rede Globo para uma minissérie, em 1986, o romance ficcional de Rey traz as memórias de Mariano, um aspirante a cafetão que se apaixona por uma prostituta, Guadalupe, interpretada no musical por Mariana Rios. Ele passa a disputá-la com o também cafetão, mas mais experiente, Esmeraldo, que é interpretado por Marcelo Serrado.