Folha de S. Paulo


Fábio Jr. aquece noite da Virada com hits e selinho em fãs

"Baixou o Tim Maia nele", gritou um fã. Passava meia hora das 3h deste domingo (21), horário marcado pela Virada, e nada de Fábio Jr. no palco Júlio Prestes.

O público, que lotou o local, chegou empolgando, cantando vários sucessos dele, mas o atraso trouxe bocejos, xingamentos e uma leve vaia, enquanto a banda testava o som.

Tão logo subiu ao palco, porém, Fábio reanimou e aqueceu a plateia que o aguardava na fria madrugada de gorro, cachecol e casacos pesados.

O cantor enfileirou uma sucessão de hits românticos: "Só Você", "O Que é Que Há?", "Pai", "Pareço Um Menino".

Nesta última, enquanto entoava o verso "Você me abraça/E a tristeza vai embora", desconhecidos se abraçaram e cantaram juntos.

O público que se aglomerou na praça Júlio Prestes entrou no embalo, gravando com celular vários momentos da apresentação.

Ao som de "Senta Aqui", as mulheres foram aos berros quando o cantor, numa interpretação literal da canção, acariciava a própria coxa.

Os homens nem precisaram gritar o clássico "Toca Raul": lá pelo meio do show, ele puxou "Tente Outra Vez".

Depois de uns minutos fora do palco, quando os backing vocal interpretaram "Enrosca" e "20 e Poucos Anos", Fábio Jr. voltou com outra sequência de sucessos. Foi o momento de maior interação com o público: "Sem Limites Pra Sonhar", "Alma Gêmea", "Caça e Caçador", "Quando Gira o Mundo".

"São as músicas que mais me lembram a adolescência", disse Meire France, 38, comerciante, que chorou no show ao ouvir várias delas. "Vim só para ver o Fábio." Foi a oitava apresentação ao vivo do cantor na qual ela esteve presente.

Outra fã das mais animadas foi Eleonora, 43. A vendedora ambulante até deixou seu ganha-pão de lado para curtir o show, em cima de seu carrinho de vendas. Só voltou a trabalhar quando o espetáculo acabou.

"Eu adoro o Fábio. Tenho vários discos em casa e até capítulos gravados daquela novela em que ele vira flor e as mulheres comiam ele", contou, referindo-se à trama de "Pedra sobre Pedra" (1992).

O delírio feminino foi ao ápice quando o cantor chamou duas mulheres da plateia ao palco, fez um jogo de sedução e deu um "selinho" nelas.


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