Marcada para maio, a Bienal de Veneza acaba de anunciar a lista de artistas de sua mostra principal. Sônia Gomes, artista conhecida por sua obra delicada e a técnica do bordado, é a única brasileira no elenco da mostra organizada pelo nigeriano Okwui Enwezor.
Radicado em Munique, Enwezor já esteve à frente da Documenta, em Kassel, na Alemanha, e é o primeiro curador de origem africana a assumir o comando da mostra italiana, o evento mais tradicional do calendário das artes visuais.
Por seu foco em questões raciais e em artistas da África, a expectativa era que essa edição da Bienal de Veneza tivesse maior presença de artistas afrodescendentes e vindos do continente, o que se confirma com a escolha de Gomes, que é negra.
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| Livro de Sônia Gomes na exposição 'A Tara por Livros', da Galeria Bergamin |
Também na lista de 136 artistas da mostra estão nomes polêmicos, como a performer cubana Tania Bruguera, mantida em prisão domiciliar em Havana desde a virada do ano pela tentativa de fazer uma performance na praça da Revolução, e o coletivo Gulf Labor, que denuncia abusos aos operários em obras como a filial do Guggenheim em Abu Dhabi.
Além de Sônia Gomes, outros quatro brasileiros estarão em Veneza –André Komatsu, Antonio Manuel e Berna Reale, no pavilhão brasileiro, e Tamar Guimarães, brasileira radicada em Copenhague, que terá uma obra no pavilhão belga.