Folha de S. Paulo


Estampas dominam desfiles de pai e filho no segundo dia da SPFW

"Concorrer com o filho é complicado." A frase do estilista Reinaldo Lourenço, dita após seu desfile na Faap, resume o segundo dia desta São Paulo Fashion Week, cujos principais nomes foram o seu e o de Pedro Lourenço, o filho.

Pedro, que abriu a programação de terça (4), mostra mais uma vez porque é o estilista brasileiro que melhor mistura elementos da "brasilidade" com tino de costura pronto para exportação.

A releitura que fez de seu desfile apresentado na última semana de moda de Paris, no mês passado, é cheia de estampas de bichos -uma "suruba animal", segundo o estilista- e peças curtas, muitas delas com fendas na altura das coxas, que devem agradar às brasileiras.

Sexy e bem trabalhada nas proporções, a coleção vai da cintura alta ao minivestido -sem sair da linha tênue entre o sensual e o vulgar.

Os looks de paetês e os detalhes usados nas saias, nos casacos e nos blazers de alfaiataria foram feitos com uma técnica de estamparia aplicada diretamente no brilho.

AZULEJOS

As estampas também foram pontos importantes do desfile de Reinaldo Lourenço, o pai. A tecelagem britânica Liberty produziu tecidos para a coleção, inspirada no Renascimento. Florença, na Itália, serviu de base para o estilista, que pescou nos azulejos típicos da cidade as estampas aplicadas em vestidos justos e tomara que caia com cadarços nos ombros.

Já as golas usadas pelos homens da renascença foram aplicadas em looks de silhueta alongada, com calças justas e uma série de efeitos em degradê de preto e branco.

TOP

A top Gisele Bündchen encerrou o segundo dia de desfiles da São Paulo Fashion Week na passarela da Colcci.

Carro-chefe da marca, o jeans compôs os dois looks usados pela modelo: um vestido curto com costura aparente e uma combinação de bermuda larga e blusa decotada.

A alfaiataria dos estilistas Adriana Zucco e Jeziel Moraes foi sobreposta com peças feitas de tecidos como náilon e lã. Os tricôs, pesados, compunham o desfile, uma mistura dos anos 1960, 1980 e 1990.

Em contraponto ao alto nível do início do dia, a grife Pat Pat's produziu um emaranhado de looks para roqueiras de butique em seu desfile no Hotel Unique, centro de SP.

A moda urbana, base para a coleção, não convenceu com transparências demais e estampas com onomatopeias como "Uau!".


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