O cantor Julian Casablancas, vocalista do grupo nova-iorquino The Strokes, disse que seu controle com "punho de ferro" sobre a criatividade da banda causou diversos problemas entre ele e os outros membros.
Ele admitiu que, no disco mais recente da banda, "Comedown Machine", de 2013, teve de abandonar o controle que tinha para aliviar as tensões que existiam no grupo.
"[No 'Comedown Machine'] Eu talvez não tenha sido tão punho de ferro como fui no passado", disse Casablancas em entrevista à revista americana "Rolling Stone.
"Acho que é importante para as pessoas que elas tenham direito a dar suas opiniões, quer eu concorde, quer não. Eu ainda estava compondo muitas partes e músicas e nós estávamos tocando juntos, não era como se estivéssemos enviando composições por correio e nunca nos víssemos."
Casablancas revelou ainda ter discutido com os outros membros do Strokes quando eles disseram à imprensa que o cantor não estava ao lado deles nas gravações de "Angles", o disco anterior, de 2011.
"A coisa engraçada de 'Angles' é que houve toda aquela conversa esquisita de ter gravado separadamente. Nós tínhamos jantado em Los Angeles e ficamos conversando sobre isso. E eles esqueceram que sentamos num estúdio e ficamos compondo eternamente. Foi ali que fizemos o disco todo. Todas as partes, as músicas, num estúdio, juntos. Nós as gravamos com dois microfones e isso foi o alicerce. E então íamos monitorar as gravações oficiais."
De acordo com ele, foi aí que começou a "mentira" de que "Julian não estava lá".
"Foi só porque, logisticamente, nunca tínhamos feito um disco dessa maneira."
O cantor acaba de lançar "Tyranny", seu segundo disco solo e o primeiro ao lado de seu novo grupo, The Voidz.