Folha de S. Paulo


Análise: Política externa cria outra leva de superpoderosas

Shakespeare sabia, "House of Cards" relembrou e a atual temporada de estreias confirma: política é excelente tema para ficção —drama, sobretudo— e serve lindamente ao formato em capítulos.

O que agora ganha espaço é política externa, sobretudo feita por mulheres. O presidente americano Barack Obama trocou de chanceler (para o insosso John Kerry) no ano passado, mas ainda é Hillary Clinton que inspira roteiristas.

Durona e loira (porém mais jovem que a democrata) é a Elizabeth McCord vivida pela atriz Téa Leoni em "Madam Secretary", novo drama da rede americana CBS. Antes, Sigourney Weaver fez uma chanceler calcada na mulher de Bill Clinton em "Animais Políticos", que não passou da primeira temporada.

Geopolítica também é pano de fundo para a nova "State of Affairs", na qual Katherine Heigl (a Izzie de "Grey's Anatomy") vive uma agente da CIA encarregada de informar uma presidente mulher e negra (Alfre Woodard) sobre o estado do mundo. E para a promissora "The Honourable Woman", com Maggie Gyllenhaal, que acaba de passar nos EUA sobre o conflito israelo-palestino.

A agente de Heigl fará par com a bipolar Carrie Mathison (Claire Danes) de "Homeland", que volta para uma quarta (e, torçamos, melhor) temporada em outubro, mesmo mês em que estreia no Brasil a boa "Tyrant" (Fox), também sobre os meandros políticos do Oriente Médio.

A ver se serão páreo para as líderes supremas Claire Underwood (Robin Wright, "House of Cards") e Selina Meyer (Julia Louis-Dreyfus, "Veep"), que voltarão à tela no ano que vem mais poderosas do que nunca.

Editoria de Arte/Folhapress

Endereço da página: