Folha de S. Paulo


Em sintonia, escritores Antonio Prata e Mohsin Hamid fazem mesa divertida

Quando a conversa entre o escritor e colunista da Folha Antonio Prata e o paquistanês Mohsin Hamid começou na noite desta sexta (1º) na Flip, o curador da festa, Paulo Werneck, afirmou que o título dado à mesa, "livre como um táxi", era tão vago que eles poderiam falar sobre qualquer coisa.

Os dois aproveitaram então para, mediados por Teté Ribeiro, editora da revista "Serafina", da Folha, conversar sobre as semelhanças entre seus estilos, contar casos, comentar trechos de seus textos mais conhecidos e discutir assuntos variados —durante cinco minutos, Hamid discorreu sob a canção "Taj Mahal", de Jorge Ben Jor, que, em suas palavras, ou massacra a história ou a reinterpreta de maneira brilhante.

Em clima de intimidade, os dois bateram um papo bem-humorado. Hamid ria de todas as piadas de Prata e disse ter se sentido humilhado pelo colega no almoço. "Ele tem sete anos a menos que eu e publicou dez livros. Eu tenho só três!", brincou.

Prata, que disse ter lido a obra de Hamid ao ser convidado para dividir a mesa com ele, diz que se sentiu paquistanês durante a leitura. "Como diria o filósofo Mano Brown, periferia é periferia em qualquer lugar do mundo."


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