Folha de S. Paulo


Danielle Winits e Thiago Fragoso processam teatro em que sofreram acidente

Danielle Winits, 40, decidiu entrar com uma ação contra o Teatro Oi Casa Grande, no Rio, e a empresa Set Cavalheiro FX, por causa do acidente que sofreu em 2012, durante apresentação do espetáculo "Xanadu".

De acordo com o advogado João Tancredo, que representa a atriz no processo, ela vai pedir indenização por danos morais e materiais por causa do período no qual ficou impossibilitada de trabalhar. Os valores do processo não foram divulgados.

O ator Thiago Fragoso, 32, que também se machucou na ocasião, já havia entrado com ação anterior, também por danos morais e materiais. O advogado dele, no entanto, disse que o cliente prefere manter o processo em sigilo.

Procurado, o teatro informou que não se manifestaria sobre o assunto. Os responsáveis pela Set Cavalheiro FX não foram localizados.

Mariana Quintão/Folhapress
Danielle Winits e Thiago Fragoso no musical
Danielle Winits e Thiago Fragoso no musical "Xanadu"

Em 28 de janeiro de 2012, Winits e Fragoso se machucaram após cair de uma altura de mais de quatro metros quando os cabos pelos quais estavam suspensos se romperam.

A atriz teve ferimentos leves. Já Fragoso sofreu uma perfuração do diafragma, passou 17 dias internado e teve que se submeter a uma cirurgia de reconstrução dos arcos costais fraturados.

Pelo menos duas pessoas da plateia também ficaram feridas, entre elas a aposentada Marina Beckman, que fraturou a vértebra e também é representada por Tancredo no processo.

Depois do acidente, o musical ficou suspenso até 16 de fevereiro, quando Danielle Winits voltou ao espetáculo. Thiago Fragoso foi substituído por Danilo Timm.

Na época do acidente, o Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro) informou à Folha que o teatro não contava com técnico responsável pela parte elétrica e mecânica. Também disse que a Set Cavalheiro FX não tinha engenheiro responsável.

Ainda em 2012, a Polícia Civil do Rio indiciou por lesão corporal culposa (sem intenção de dolo) o empresário Heitor Setembro Cavalheiro, dono da Set Cavalheiro FX, e Cora Cavalheiro Prazeres, funcionária que fez a instalação dos cabos.


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