Folha de S. Paulo


Crítica: Previsível e sem muita graça, longa sobre procura do amor entedia

Depois de anos em cartaz, o monólogo teatral escrito e interpretado por Mônica Martelli ganhou versão cinematográfica. Desta feita, as tribulações de Fernanda (Martelli) em busca do grande amor são apresentadas com o apoio de um elenco cheio de nomes conhecidos.

Bonita e bem-sucedida profissionalmente, Fernanda sofre para conseguir se realizar no plano afetivo. Pula de um relacionamento para outro com a ingenuidade de uma adolescente e sempre cai de amores no primeiro encontro.

Fernanda se envolve com uma pitoresca galeria de tipos mais ou menos improváveis, como um senador sedutor (Eduardo Moscovis), um arquiteto (Marcos Palmeira) e um milionário tão exibicionista quanto boçal (Humberto Martins).

Divulgação
O ator Peter Ketnath, que faz um dos namorados de Fernanda (Mônica Martelli) no filme 'Os Homens São de Marte...'
O ator Peter Ketnath, que faz um dos namorados de Fernanda (Mônica Martelli) no filme 'Os Homens São de Marte...'

Previsíveis, os quiproquós em que ela se mete não têm lá muita graça. Seu interlocutor mais constante é Aníbal (Paulo Gustavo), seu sócio em uma empresa que organiza festas, é claro, de casamento.

A comicidade da dupla poderia render mais se Gustavo não interpretasse o gay Aníbal com o mesmo registro excessivo com que deu vida a Dona Hermínia em "Minha Mãe É uma Peça". A voz é a mesma, os cacoetes idem.

Essas fraquezas, somadas à desesperada obsessão da protagonista, incapaz de pensar em outra coisa que não seja o príncipe encantado, acabam entediando. O mesmo efeito é provocado pelas incursões do merchandising. (ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ)

OS HOMENS SÃO DE MARTE... E É PRA LÁ QUE EU VOU
DIREÇÃO Marcus Baldini
PRODUÇÃO Brasil, 2014
ONDE Iguatemi Cinemark, Jardim Sul UCI e circuito
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO ruim


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