Folha de S. Paulo


Ator de 'Senhor dos Anéis' critica excesso de efeitos especiais na trilogia

O ator Viggo Mortensen, conhecido mundialmente por ter feito o papel de Aragorn na trilogia "O Senhor dos Anéis", criticou a maneira com a qual o cineasta Peter Jackson utilizou efeitos especiais nos dois últimos filmes da saga.

De acordo com o ator, o primeiro longa da trilogia, "A Sociedade do Anel" (2001), tinha "um roteiro mais organizado" que "As Duas Torres" (2002) e "O Retorno do Rei" (2002).

Andy Rain/Efe
O ator Viggo Mortense posa para foto em estreia de filme na terça-feira (13), em Londres
O ator Viggo Mortense posa para foto em estreia de filme na terça-feira (13), em Londres

"Peter sempre foi um 'nerd' em termos de tecnologia, mas, uma vez que ele tinha os meios para fazer algo [digitalmente], ele nunca olhou para trás. O primeiro filme, sim, tem Valfenda e Mordor, mas tem uma qualidade orgânica, atores interagindo uns com os outros e paisagens reais. É mais enérgico", disse Mortensen, numa entrevista ao jornal britânico "The Telegraph".

"O segundo filme começou a ficar muito inflado [com efeitos especiais] para o meu gosto. No terceiro então, havia muitos efeitos especiais. Era grandioso e tudo, mas o que havia de sutil no primeiro filme foi gradualmente se perdendo no segundo e no terceiro. Agora, com 'O Hobbit' [nova trilogia de Peter Jackson inspirada nos livros de J. R. R. Tolkien], é tipo isso elevado à décima potência."

Segundo Mortensen, ele torce para que o cineasta volte a fazer filmes menores, como "Almas Gêmeas", de 1994.

Mesmo assim, o ator diz não ter problemas com o Jackson e garante que não participa de "O Hobbit" apenas porque o personagem Aragorn não está na história (que se passa anos antes dos eventos de "O Senhor dos Anéis").


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