Folha de S. Paulo


Diretor de 'X-Men' nega acusações de pedofilia, mas não promoverá filme

O cineasta Bryan Singer, diretor de "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido", se pronunciou pela primeira vez após ser acusado de abusar sexualmente de um menor em 1999 e disse que se afastará da divulgação do filme, que chega aos cinemas em maio.

Em comunicado oficial emitido nesta quinta-feira (24), Singer disse que as acusações feitas contra ele são "revoltantes, viciosas e completamente falsas".

No entanto, para não "desviar a atenção" do filme, ele decidiu se afastar dos eventos que serão realizados para promovê-lo.

Gus Ruelas/Reuters
O cineasta Bryan Singer, de 'X-Men', em evento contra a Aids em Los Angeles, em março
O cineasta Bryan Singer, de 'X-Men', em evento contra a Aids em Los Angeles, em março

"Esse filme fantástico é um trabalho de amor e uma das maiores experiências da minha carreira. Então, em respeito a todas as contribuições extraordinárias dos incrivelmente talentosos elenco e equipe envolvidos, decidi não participar dos eventos de mídia do filme", disse Singer.

Ele afirmou ainda que, "quando essa situação acabar, os fatos mostrarão a extorsão doentia que isso realmente é".

O caso veio à tona na semana passada, quando o acusador, Michael F. Egan, entrou na Justiça dos Estados Unidos com um processo contra o cineasta.

De acordo com ele, Singer o drogou e o estuprou diversas vezes no final da década de 1990 em "festas sórdidas", das quais Egan participou enquanto tinha entre 15 e 17 anos.

Além do cineasta, Egan disse ter sido abusado por três outros executivos, Garth Ancier, David Neuman e Gary Goddard, que ele também está processando.


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