Folha de S. Paulo


Masp aceita ampliar conselho para acolher nomes indicados por parceiros

Em reunião na tarde desta quinta (10), a diretoria do Masp e alguns dos conselheiros do museu deram início ao que chamam de "processo de transição" na gestão do museu. Uma primeira decisão será aumentar o número de conselheiros da instituição, dos atuais 30 para 80 membros.

Essa é uma exigência dos novos parceiros do museu, entre eles o Itaú, para fazer um resgate financeiro da instituição, que acumula pelo menos R$ 8 milhões em dívidas. Os novos conselheiros seriam indicados por uma diretoria futura ainda em discussão, mas para que eles entrem nos quadros do museu é preciso que seja aprovada uma mudança em seu estatuto.

Um integrante da diretoria que estava na reunião disse à Folha que a mudança estatutária já foi discutida nessa reunião e um novo encontro do conselho será marcado para homologar a decisão, mas que "será rápida a convocação" e que a mudança "com certeza será aprovada".

Com essa aprovação e a escolha de novos conselheiros, a atual presidente, Beatriz Pimenta Camargo, que estava na reunião e conduz o processo de transição, deixaria seu cargo para ser substituída por um novo presidente. O nome mais cotado é Heitor Martins, ex-dirigente da Fundação Bienal de São Paulo.

Também ficou decidido que o Itaú, no que alguns integrantes da diretoria chamam de "gestão compartilhada", funcionaria como um "catalisador de recursos e de novos investidores e parceiros para gerir o museu".

De acordo com uma pessoa próxima à negociação no banco Itaú, no entanto, "gestão compartilhada" não é a melhor definição para a parceria. O banco deverá, no entanto, ajudar a angariar os recursos necessários para a operação e manutenção do museu, que custa cerca de R$ 1,5 milhão por mês.


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