Folha de S. Paulo


Dados parciais atestam crescimento de 59% do faturamento da SP-Arte

Um balanço parcial de vendas da SP-Arte, encerrada no último domingo (6), mostra que o faturamento da feira aumentou cerca de 59%, saltando de R$ 99 milhões no ano passado para R$ 157 milhões na atual edição.

Esse montante, compilado pela Fazenda estadual, corresponde apenas às transações que tiveram benefício fiscal, ou seja, isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Só vendas de obras importadas para colecionadores que moram no Estado de São Paulo têm esse desconto.

Isso significa que o faturamento total da feira pode ter sido muito maior, mas um número preciso é quase impossível de calcular, já que galerias não são obrigadas a divulgar seus balanços de venda e muitas delas omitem esses dados.

Esse crescimento de 59% no faturamento parcial, no entanto, já serve de termômetro para o mercado e acalma os ânimos de quem apostava num esfriamento do mercado.

Mas também é um indício de que obras estrangeiras tiveram saída melhor, ou pelo menos mais rápida, que obras nacionais, já que peças mais caras das galerias locais ficaram encalhadas nos estandes, com preços altos demais.

É o caso de uma tela de Tarsila do Amaral, que estava à venda por R$ 17 milhões, um relevo de Sérgio Camargo de R$ 7 milhões e uma instalação de Hélio Oiticica de R$ 3,36 milhões.

Enquanto isso, casas estrangeiras, como a italiana Cardi, venderam obras mais um pouco mais baratas, como uma tela do argentino Lucio Fontana por R$ 3,09 milhões. Outra pintura do alemão Georg Baselitz saiu por R$ 1,47 milhão na galeria francesa Thaddaeus Ropac.


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