Folha de S. Paulo


Veja um raio-X de tudo que rolou nos shows de domingo do Lollapalooza

Com diversas atrações nacionais e internacionais, o festival Lollapalooza Brasil 2014 acontece neste final de semana em São Paulo, no autódromo de Interlagos.

Acompanhe abaixo como foram os principais shows de domingo (6) do evento (a reportagem é atualizada ao final de cada show).

*

FRANCISCA VALENZUELA - horário de início: 11h50 (palco Skol)

THALES DE MENEZES
EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Avener Prado/Folhapress

Duração real: 39 minutos
Poderia ter durado: o dia inteiro, pela empolgação dos chilenos na plateia
Número de músicas: 10
Pessoas na plateia: cerca de 1.500, uma boa parte de chilenos
Look da moça: comportado; mostrou os ombros e um pouco da barriga, mas não o umbigo famoso em toda a América Latina
Lição: pop rock competente funciona em qualquer idioma
Resumo: aos 27 anos, a cantora chilena deve lançar o terceiro disco este ano, então fez um show com faixas dos dois primeiros trabalhos. Funcionaram melhor as extraídas do segundo, "Buen Soldado", de 2011, como a música que dá título ao álbum e a animada "Mujer Modelo"

*

APANHADOR SÓ - horário de início: 12h15 (palco Interlagos)

GIULIANA DE TOLEDO
DE SÃO PAULO

Duração real: 45 minutos
Poderia ter durado: uma hora; o público —pequeno, mas animado— gritou entusiasmado por "mais um" quando a banda se despediu, sem poder esticar o show para não atrasar as demais atrações
Número de músicas: 11; a maior parte (sete delas) do álbum mais recente, "Antes que Tu Conte Outra", o segundo de estúdio da banda, lançado em abril de 2013. O disco venceu o prêmio de melhor álbum de música popular de 2013 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).
Look da banda: jeans, camisetas e camisas básicas
Lição: é possível combinar com harmonia, num mesmo repertório, músicas de protesto e baladas românticas
Instrumentos não convencionais: pelo menos três: chave de fenda, copo de plástico e roda de bicicleta. É tradição da banda usar objetos inusitados para tocar, como no disco "Acústico-sucateiro" (2011)
Resumo: com sol a pino esquentando a cabeça dos fãs e a brita do chão, a banda gaúcha reuniu uma plateia minguada, mas que reagiu com entusiasmo na maior parte do tempo. Os músicos tiveram sorte: a essa hora, o sol não bate diretamente em quem está no palco.

*

RAIMUNDOS - horário de início: 13h30 (Palco Skol)

THALES DE MENEZES
EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Avener Prado/Folhapress
Raimundos se apresentam no segundo dia do Lollapalooza

Duração real: 45 minutos
Poderia ter durado: os mesmos 45 minutos, mas com mais hits antigos
Número de músicas: 11
Presença de público: boa lotação diante do palco, batendo de longe o Brothers of Brazil, na mesma hora em outro palco
Look da banda: camiseta preta, jeans e tênis, como 75% da plateia
Lição: um punhado de hits sempre garante a vitória em festivais
Resumo: houve até ousadia da parte dos Raimundos, escolhendo músicas menos conhecidas para tocar diante de um público de festival, que nem sempre é aquele fiel à banda. Mas quem tem "Puteiro em João Pessoa" ou "I Saw You Saying" para soltar quando o show fica morno está bem municiado para qualquer plateia

*

BROTHERS OF BRAZIL - horário de início: 13h30 (palco Interlagos)

FABIAN CHACUR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Duração real: 44 minutos
Poderia ter durado: uma hora, sem problemas
Número de músicas: 19
Look da banda: Supla à la rebelde sem causa (jaqueta tai dai, camiseta, jeans), João Suplicy um pouquinho mais sóbrio, mas tão básico quanto.
Momento "Blowin' In The Wind": eles fizeram um cover de "Imagine", mas não desafinado como seu pai senador faz com a música de Bob Dylan.
Lição: Melhor levar o Supla a sério, pois o midiático e escrachado cantor é do ramo.
Resumo: Os irmãos Suplicy sabem como entreter uma plateia com sua mistura de pop, punk, hard rock, psicodelismo e bossa nova. Bom humor, carisma e espaço para pérolas anteriores da carreira de Supla como as impagáveis "Garota de Berlim" e "Japa Girl" deram conta do recado.

*

JOHNNY MARR - horário de início (palco Onix)

SYLVIA COLOMBO
DE SÃO PAULO

Avener Prado/Folhapress

Duração real: 1 hora
Poderia ter durado: 1h esteve bom, Marr foi objetivo, e o calor estava de matar...
Número de músicas: 12
Look da banda: roupas escuras e manga comprida
Lição: vale ouvir Marr depois de Morrissey, já que parece impossível uma reunião da banda, é o melhor jeito de imaginar como soariam se reatassem a parceria
Resumo: Johnny Marr fez um show consistente e maduro, mostrando que acumulou experiência e deu corpo à sua obra desde o fim dos Smiths. Mais sério e circunspecto do que o ex-colega, executa as canções de forma homogênea, ainda que se localizem em diferentes etapas da carreira. Canções de "The Messenger", o novo álbum, soaram bem. Mas os pontos altos foram as canções dos Smiths, com participação do ex-baixista da banda, Andy Rourke. "How Soon Is Now?" mostrou-se muito melhor em sua interpretação do que na de Morrissey em seus últimos tours.

*

SELVAGENS À PROCURA DE LEI - horário de início: 14h45 (palco Interlagos)

FABIAN CHACUR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Duração real: 43 minutos
Poderia ter durado: foi na medida certa, nem mais, nem menos
Número de músicas: 9
Look da banda: camisas de mangas compridas para os músicos de cordas, camisa alguma para o baterista, candidato a maior barriga do festival.
Lição: A banda soube vencer problemas técnicos e ganhou o público na raça
Resumo: O quinteto cearense começou nervoso. Logo superou dificuldades técnicas e mandou seu rock nervoso, de combate e angustiado com uma garra invejável. Sua pregação a favor das manifestações populares e do rock nacional ganhou o público, que vestiu a camisa e se esbaldou de tanto pular.

*

ELLIE GOULDING - horário de início: 15h25 (palco Skol)

NATÁLIA ALBERTONI
DE SÃO PAULO

Sebastião Moreira/Efe

Duração real: 60 minutos
Poderia ter durado: mais uma hora pela plateia que cantava música por música
Número de músicas: 13 —a cantora entregou um hit atrás do outro, mas não fez o cover de "Your Song", de Elton John, como havia prometido
Look da banda: shorts, tênis e camisa da seleção brasileira customizada com seu sobrenome
Lição: correr maratonas e fazer yoga ajuda a manter o ritmo constante no palco
Número de fãs do Soundgarden (entediados) acompanhando a namorada: 1
Número de fãs chorosos: praticamente todos
Músicas cantadas em coro pela plateia: 13
Músicas em que a cantora requebrou: 13
Momento picante 1: quando a cantora desceu até o tchan no maior estilo dançarina do "É o Tchan"
Momento picante 2: quando a cantora tirou a camiseta e ficou apenas de top rosa e shorts para cantar sua última música, "Burn" —momento que já perdia parte do público para o show do Vampire Weekend, que está rolando neste momento no palco Onix
Resumo: Ellie Goulding, a terceira atração do palco Skol, começou pontualmente, às 15h25, e já ganhou a plateia quando entrou no palco com uma camisa da seleção brasileira customizada com o seu sobrenome nas costas. A inglesa, acompanhada por um coral de backing vocals, uma tecladista e um baterista cantou hit atrás de hit, começando por "Figure 8", seguindo com "Ritual" e "Goodness Gracious".

A loira correu pelo palco, rebolou bastante, contorceu o tronco para atingir algumas notas mais agudas, agachou até o chão no estilo "É o Tchan", tocou tambor e falou um pouco com a plateia. "Vocês me deram o maior sorriso que eu poderia ter", disse entre uma das poucas pausas que fez entre canções.

O público cantou ainda mais alto nas músicas "I Need Your Love" e "Anything Could Happen" —que ela disse ser a sua favorita— e "Burn", que encerrou o show com a cantora sem camisa, apenas de top rosa e shorts de couro preto, o que arrancou ainda mais gritos da plateia.

*

VAMPIRE WEEKEND - horário de início: 16h30 (palco Ônix)

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO A SÃO PAULO

Avener Prado/Folhapress

Duração real: 60 minutos
Poderia ter durado: 60 minutos, mas trocando algumas músicas
Número de músicas: 16
Look da banda: hipster nova-iorquino, "eu sou cool demais, mas nem estou tentando ser"
Com o que isso se parece mesmo? Paul Simon, fase "Graceland" (ou seja, branqueais americanos buscando inspiração na África)
Vejo flores em você: o cenário, no telão, era um jardim florido
Troféu clap your hands say yeah: certamente o show mais aplaudido do festival —não só pelo contentamento, mas porque quase todas as músicas pedem palminhas da plateia
Lição: distribuir bem as músicas ao longo do show é importante para o bom andamento; o final ficou mais fraco do que o início e fez boa parte da plateia tomar o rumo do show do Pixies antes do fim
Resumo: escalado num bom horário —fim de tarde, sem o calor infernal e já com um grande público presente e ainda não cansado—, o Vampire Weekend fez sua festinha dançante com leves toques de punk pop e agradou ao público jovem e moderninho, como a banda

*

SAVAGES - horário de início: 16h (palco Interlagos)

GIULIANA DE TOLEDO
DE SÃO PAULO

Duração real: uma hora
Poderia ter durado: uma hora; com apenas um álbum lançado e o público um tanto morno, o tempo foi suficiente
Número de músicas: 11
Look da banda: dominou o preto dramático e elegante nas quatro integrantes da banda, com peças andróginas. A vocalista, Jehnny Beth, destacou seus pés com um sapato rosa-choque de salto alto.
Número de rodas punk: zero. Apesar de algumas faixas serem contemplativas, a pesada e agitada "Hit Me" bem que mereceria uma roda punk na plateia.
Número de puxões de orelha: um. Lá pela metade do show, Jehnny Beth tentou fazer o público se agitar. "Vocês querem mais animação? Precisam se animar mais para que eu me anime também", disse.
Número de cantadas: uma. "Tantas garotas lindas. Eu quero descer", disse a vocalista.
Lição: o óbvio: ainda que promissora, uma banda novata não pode competir com outra mais conhecida que toca ao mesmo tempo. A maior parte do público preferiu ver o Vampire Weekend no palco Skol.
Resumo: pela primeira vez no Brasil, o quarteto inglês Savages deixou clara sua mensagem "girl power". Guardaram para o final os hits "Hit Me" e "Fuckers". "Você deveria me pôr de joelhos e me tratar como um cachorrinho sujo", provocou a vocalista, olhando para a plateia e enfrentando um opressor imaginário.

Antes de cantar "Fuckers", falou em português com as meninas da plateia. "Se chama 'Fuckers', filhos da puta", traduziu. "Então, garotas, não deixem os filhos da puta te derrubarem." Uma voz masculina na plateia respondeu com um "fuck you".

*

AFI - horário de início: 17h35 (palco Interlagos)

CESAR SOTO
DE SÃO PAULO

Avener Prado/Folhapress

Duração real: 50 minutos
Poderia ter durado: 50 minutos —com mais canções dos álbuns "Sing the Sorrow" e "Decemberunderground"
Número de músicas: 13
Saltos e correria: A média de pulos por canção do vocalista, Davey Havok, foi de no mínimo 10. Qualquer superfície servia de plataforma de lançamento, até as caixas de som atrás da bateria. O cantor não parou no palco e se jogou no meio da platéia durante a canção "I Hope You Suffer".
Agora entendi: Davey tentou explicar, em português, o significado de AFI: "Somos um incêndio interior". Ao longo de várias músicas, "A Fire Inside" estampava o telão do fundo do palco.
Look da banda: Simples, sóbrio, preto da cabeça aos pés, todos os integrantes. Apenas Davey fugia um pouco do padrão, com uma cruz invertida feita de lantejoulas douradas nas costas de sua camisa —preta.
Lição: Quando for uma banda desconhecida, tocando pela primeira vez em um país, no meio de um festival, e seu nome for uma sigla, colocar o significado bem grande no telão ajuda o reconhecimento.
Resumo: O repertório dos mais de 20 anos do grupo —do punk do início da carreira na década de 1990 ao rock melódico que a lançou a um relativo sucesso no começo dos anos 2000— foi distribuído entre o setlist, praticamente idêntico ao tocado no Chile. Canções de álbuns como "Decemberunderground", lançado na primeira posição da lista da Billboard, em 2006, animaram os fãs, mas as músicas mais antigas, e as muito recentes, quase perderam o pequeno público do palco Interlagos —o Pixies tocava no Skol ao mesmo tempo. Os vocais estridentes de Davey Havok e sua presença de palco foram o ponto alto da apresentação.

*

PIXIES - horário de início: 17h35 (palco Skol)

NATÁLIA ALBERTONI
DE SÃO PAULO

Adriano Vizoni/Folhapress

Duração real: 75 minutos
Poderia ter durado: o show terminou quando a banda começou a se soltar. Poderia ter rolado pelo menos mais meia hora.
Número de músicas: 22 —com direito a super coro em "Here Comes Your Man" e "Where Is my Mind"
Look da banda: camisas semi abertas
Número de integrantes fora de forma: 2
Número de sorrisos 6: 5 da baixista e 1 do baterista
Número de celebridades captadas no telão: 3 (Supla, Alessandra Negrini e Ellen Jabour)
Lição: brasileiro é caloroso, mas gosta de interação. A integrante mais aplaudida foi a argentina Paz Lenchantin, que recentemente se juntou a banda para a turnê. Era a mais animada no palco.
Resumo: A banda de rock alternativo Pixies, quarta atração do palco Skol, encontrou grande público nesta tarde no autódromo de Interlagos. Sérios a maior parte do tempo, os integrantes tocaram 22 músicas, entre elas a nova "Bagboy".

O vocalista, Black Francis não falou uma palavra para o público durante todos os 75 minutos de show. Quando gritou alto "Hey", o público gritou de volta animado, mas era apenas o início da música de mesmo nome, que foi cantada em coro.

A única vez que sorriu foi quando entrou errado em uma das canções, "La La Love You", que foi cantada pelo baterista Dave Lovering, que parecia estar gostando bem mais da apresentação.

Da metade para o fim do show, Francis tomou o violão e tocou canções mais lentas e hits como "Here Comes your Man", "Where Is my Mind" e "Holiday Song".

*

JAKE BUGG - horário de início: 19h02 (palco Interlagos)

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO A SÃO PAULO

Avener Prado/Folhapress

Duração real: 60 minutos
Poderia ter durado: o que durou; o rapaz é bom, mas não tem tanto repertório para segurar mais do que isso
Número de músicas: 16
Look da banda: o básico – camisetas e calças escuras
Momento "Ao Mestre com Carinho": a versão de "My My, Hey Hey", de Neil Young
Troféu "Why so serious?": Bugg é tão sério no palco que nem parece estar se divertindo
Lição: jovem Bob Dylan inglês? De jeito nenhum —tirando a voz meio fanhosa e o violão, o estilo de Bugg claramente bebe em outras fontes, menos verborrágicas e mais aceleradas
Resumo: um show de jovem para jovens, mas baseado em gêneros antiquíssimos – o rock blueseiro, com toques country e, ocasionalmente, baladas folk. Mal começado na carreira artística, Bugg já tem um público fanático e um repertório consistente, ainda que limitado. "Seen it All", "Two Fingers", a balada "Broken" e a saideira "Lightning Bolt" foram os pontos altos

*

SOUNDGARDEN - horário de início: 18h55 (palco Onix)

GIULIANA DE TOLEDO
DE SÃO PAULO

Adriano Vizoni/Folhapress

Duração real: 1h35
Poderia ter durado: menos meia hora, a julgar pela parte —cerca de um quarto— que saiu mais cedo, pelas 20h; para os demais, foi na medida. Ainda houve tempo de correr para ver Arcade Fire e New Order.
Número de músicas: 16 —boa parte delas do disco "Superunknown", que completa 20 anos
Look da banda: tudo básico e em tons escuros. Como tradição, Chris Cornell usou a cabeleira molhada, caindo no rosto.
Lição: para um público que aguarda a banda há decadas, é preciso tocar hits antigos e deixar o novo álbum de lado. O grupo acertou em colocar no repertório apenas "Been Away Too Long", o single de "King Animal" (2012), seu disco mais recente.
Resumo: pela primeira vez no Brasil, o grupo de Seattle se redimiu com o público que o esperava há tempos tocando sucessos de toda a carreira.
Carismático e falante, o vocalista Chris Cornell faz o que bem quer com a sua voz, que alcança graves e agudos como poucos ao vivo. O público feminino vem abaixo na plateia.

Para agradar, o cantor correu pelo corredor que divide a plateia, batendo nas mãos dos fãs, segurou a bandeira brasileira e até parou o show para tirar uma foto do público com seu celular.

*

NEW ORDER - horário de início: 20h30 (palco Interlagos)

FABIAN CHACUR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Avener Prado/Folhapress

Duração real: uma hora e 40 minutos
Poderia ter sido: duas horas, os fãs queriam mais e faltaram músicas essenciais
Número de músicas: 16
Look da banda: jeans e camisas informais para os garotos, blusa brilhante para a tecladista Gillian Gilbert e camisa azul da seleção brasileira para o baterista, o dínamo humano Stephen Morris
Momento Buenos Aires: Bernard Sumner agradece a plateia em alguns momentos com um "muchas gracias" que não agradou muito...
Lição: há vida mesmo sem o carismático baixista Peter Hook,
Resumo: duas notícias sobre o show. A ruim: a banda sente a falta da presença de seu carismático ex-baixista Peter Hook. A boa: mesmo assim, ainda conseguem fazer um show competente e vibrante.

*

ARCADE FIRE - horário de início: 20h30 (palco Skol)

LÚCIO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Adriano Vizoni/Folhapress

Duração real: 95 minutos
Poderia ter durado: a noite toda. Mas todo carnaval tem seu fim...
Número de músicas: 17 + Tom Jobim + Caê
Números de objetos refletores: 17 mil
Rebolado da noite: é carnaval, mas nem por isso tem a Carla Perez
Look da banda: carnaval chic, direto dos anos 40
Look da banda (2): que belo vestidinho, Régine
Lição: Dá para medir o crescimento de uma banda a partir do love/hate que ela desperta nas pessoas. O Arcade Fire tem sido a banda da vez neste quesito "nova melhor banda do mundo". Tem quem ache incrível, tem que ache farofa. Preferimos ficar com a primeira opção, óbvio.
Resumo: Referências ao Carnaval brasileiro e a Caetano Veloso e Tom Jobim se misturaram aos poderosos hits como "Wake Up" e "Rebellion (Lies)" e às belas músicas do disco novo. O show foi do algo contemplativo ao muito dançante. O melhor do festival.


Endereço da página:

Links no texto: