Folha de S. Paulo


Audiência compulsiva de séries cria etiqueta virtual

Nem o presidente dos Estados Unidos está livre de um mal que assola os fãs de série: o spoiler, revelação sobre a trama dos episódios, do qual é difícil de fugir na web.

No lançamento da segunda temporada de "House of Cards", série política do Netflix, do Twitter de Barack Obama saiu a mensagem: "Sem spoilers, por favor".

O problema é que a maioria dos viciados em série (47,34%) é viciada também em comentar o que está assistindo, mostra uma pesquisa com mil pessoas feita pela divisão de consumo da Ericsson.

A nova realidade gerou uma etiqueta virtual. É elegante alertar, no começo de mensagens, se há spoilers no texto. É preciso controlar a ansiedade para não ler.

Nos últimos 12 meses, "The Walking Dead" foi a série mais mencionada por usuários no Twitter brasileiro (2,5 milhões de tuítes). Na sequência vêm "Glee" (1,4 milhão), "Revenge" (606 mil), "Breaking Bad"(479 mil) e "Game of Thrones" (423 mil).

Os dados são da Sysomos, empresa de análise de dados do Twitter.

"Muitas equipes de criação de séries já têm uma pessoa especializada em redes sociais", diz Carlos Moreira Jr., diretor de desenvolvimento de mercados internacionais do Twitter no Brasil.

Séries fora da TV aberta e que são assistidas em "binge" (consumo excessivo e acelerado) alcançam menos repercussão. É o caso das produções do Netflix "Orange Is the New Black" (47 mil) e "House of Cards" (34 mil).

Editoria de Arte/Folhapress

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