Folha de S. Paulo


"12 Anos de Escravidão" vence Spirit Awards

O filme "12 Anos de Escravidão" foi o grande vencedor da última edição do Independent Spirit Awards, premiação voltada ao cinema independente. A cerimônia ocorreu na noite de sábado, em Los Angeles.

O drama histórico de Steve McQueen levou cinco estatuetas do Spirit: melhor diretor, melhor roteiro, melhor fotografia e melhor atriz coadjuvante.

"12 Anos..." concorreu com "Inside Llewyn Davis -Balada de um Homem Comum", "Frances Ha", "Até o Fim" e "Nebraska" (este último também é um dos longas indicados ao Oscar de melhor filme).

O prêmio Spirit, que é dado a produções que custaram até cerca de US$ 20 milhões, não costuma ser um bom termômetro para o Oscar. Desde a sua criação, há 28 anos, apenas duas produções venceram os dois prêmios: "Platoon" (1986) e "O Artista" (2011).

Nas categorias de atuação, no entanto, o prêmio do cinema de baixo orçamento confirmou o favoritismo dos atores mais cotados a levar a estatueta da Academia.

Por seu papel como um texano que contrai o vírus da Aids em "Clube de Compras Dallas", Matthew McConaughey levou a estatueta de melhor ator. Companheiro de elenco no filme, Jared Leto ganhou como ator coadjuvante.

FILMES SOBRE MULHERES

A australiana Cate Blanchett, outra favorita ao Oscar, ganhou como melhor atriz por sua atuação como uma milionária falida em "Blue Jasmine", do diretor Woody Allen.

"Acho que isso prova que o público está interessado em histórias protagonizadas por mulheres", disse Blanchett, ao receber sua estatueta.

Lupita Nyong'o, bem cotada para o Oscar de melhor atriz coadjuvante, também saiu premiada pelo Spirit por sua atuação em "12 Anos...".

"Uma forma nada mal de celebrar o meu aniversário", afirmou, ao subir ao palco.

Como melhor documentário, o vencedor foi "A Um Passo do Estrelato", outro dos favoritos a levar o Oscar.

Esnobado pela Academia, "Fruitvale Station: A Última Parada", rendeu o prêmio de melhor estreia ao diretor Ryan Coogler, 27. Ele lembrou a morte de Oscar Grant III, cujo assassinato pela polícia inspirou o filme.

O francês "Azul É a Cor Mais Quente", de Abdellatif Kechiche, ignorado pelo Oscar, levou como melhor longa estrangeiro.


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