Folha de S. Paulo


Ministério da Cultura recua no veto a documentário sobre Covas

A ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), pediu a revisão do veto ao financiamento via Lei Rouanet de um documentário sobre o ex-governador paulista Mário Covas (1930-2001), do PSDB.

No dia 17, o projeto do filme "Covas, o Homem e o Estadista", de Thiago Carvalho, foi indeferido pela CNIC (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura) sob justificativa de não ter "caráter cultural".

Ligada à pasta, a comissão avalia quem pode captar recursos de renúncia fiscal.

Procurado, o ministério informou que o veto ocorreu por causa do ano eleitoral. Em 2006, quando ocorreram eleições presidenciais, um documentário sobre Leonel Brizola (1922-2004) foi aprovado pela mesma comissão. A informação foi revelada ontem pela Folha.

Em nota, Marta defendeu o apoio da Lei Rouanet para o filme sobre a trajetória do político tucano. "O projeto se insere no contexto da história política do país; da redemocratização", disse.

A pedido dela, a Secretaria do Audiovisual solicitou à comissão a revisão do processo. Marta também tem a prerrogativa de reverter a decisão da comissão.

Orçado em cerca de R$ 580 mil, o filme contaria com material do acervo da Fundação Mário Covas, mantida pelo herdeiro do político.

O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), primeiro vice-líder do partido na Câmara, criticou o veto à captação de recursos para o média-metragem sobre Covas.

"Espero que haja bom senso e revejam a decisão", disse ao site "PSDB na Câmara".

Em seu perfil no Facebook, a Fundação Mário Covas qualificou o veto de "lamentável".


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