Folha de S. Paulo


DJ número 1 do mundo, holandês Hardwell toca em SP nesta sexta

Aos 16 anos, o DJ holandês Hardwell já dizia em entrevistas: "Quero ser o número 1 do mundo". O sonho se realizou nove anos mais tarde, em 2013, quando, aos 25, ele se tornou o mais jovem a ocupar o topo da lista da revista especializada "DJ Mag", tida como o principal ranking anual dos profissionais da música eletrônica e que se baseia no voto popular.

O holandês, em sua segunda passagem pelo Brasil, faz apresentação única nesta sexta (21) em São Paulo, no Espaço das Américas, com ingressos esgotados.

Jordan Loyd/Divulgação
O DJ holandês Hardwell, que faz show nesta sexta (21/2) em São Paulo
O DJ holandês Hardwell, que faz show nesta sexta (21/2) em São Paulo

O show é parte da sua turnê mundial "I Am Hardwell", iniciada em abril. Até agora, o evento, que investe especialmente na sincronia entre música e iluminação, alcançou lotação máxima em todas as cidades por onde passou.

No início deste mês, após apresentação em Belfast (capital da Irlanda do Norte), a turnê de Hardwell chamou a atenção também pelo elevado número de atendimentos médicos realizados no evento. Segundo a emissora britânica BBC, mais de cem jovens passaram mal em função de abuso de álcool e drogas.

Hardwell, no entanto, se diz contrário à associação de música eletrônica com o uso de entorpecentes. "Eu não concordo com usar drogas de forma alguma. Infelizmente, é parte da nossa cena, mas também é algo que se encontra em rock, indie, hip-hop, é um problema global, não só associado à música eletrônica", diz ele à Folha, em entrevista por e-mail. "Espero que as pessoas não se intoxiquem excessivamente para ir aos meus shows."

TRABALHO DURO

"É muito surreal", diz Hardwell sobre o título de número 1. "Mas não foi um sucesso da noite para o dia. Sou DJ desde os 13. Foram mais de dez anos de trabalho duro", conta ele, que define seu estilo como uma mistura elementos de electro house e house progressivo.

O interesse pela profissão veio aos 12 anos, após assistir a um documentário. No filme, entre outros, aparecia Tiësto, que já esteve três vezes no primeiro lugar e hoje é seu mentor na música.

O conterrâneo —ambos são da cidade de Breda, na Holanda— é um "bom amigo" que lhe dá muitos conselhos, diz Hardwell, que, nascido Robbert van de Corput, adotou o nome artístico por sugestão do pai. É a tradução para o inglês de seu sobrenome holandês.

O próximo passo na carreira é terminar seu primeiro disco de estúdio, que deve sair neste ano. "Já tenho algumas faixas prontas, mas o grosso ainda não foi feito. Com certeza, será algo que os fãs nunca ouviram vindo de mim", diz ele, que pretende mostrar mais o seu lado como produtor. Algumas das faixas já preparadas devem estar neste show em São Paulo.

TURNÊ 'I AM HARDWELL' EM SÃO PAULO
QUANDO nesta sexta-feira (21), às 22h
ONDE Espaço das Américas, r. Tagipuru, 795, Barra Funda, tel. (11) 2027-0777
QUANTO ingressos esgotados
CLASSIFICAÇÃO 18 anos

Confira trailer do documentário "I Am Hardwell", lançado no ano passado, sobre a vida do DJ:

Veja vídeo


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