Folha de S. Paulo


'O Lobo de Wall Street' recebe mais reclamações de grupos de deficientes

O novo longa de Martin Scorsese recebeu diversas críticas de organizações de defesa dos direitos dos deficientes, por usar a palavra "retardado" e por sugerir que drogas induzem a um comportamento de alguém com paralisia cerebral.

"'O Lobo de Wall Street está recebendo muita atenção por ofender os espectadores de formas diferentes, mas um aspecto que ainda não foi discutido é o uso da palavra 'retardado' e sua zombaria inaceitável de pessoas com paralisia cerebral. Hollywood simplesmente parece não entender", disseram em comunicado o CEO do grupo de deficientes Arc, Peter Bernem, e o presidente da United Cerebral Palsy, Stephen Bennet, ao diário londrino "The Guardian".

"Entre as pessoas que pagaram para ver 'O Lobo de Wall Street' nas últimas semanas, estão pessoas com deficiências, seus pais, irmãos e amigos. É hora de Hollywood acordar e ver que seus clientes merecem mais", completam.

Os produtores do longa ainda não se manifestaram quanto ao comunicado. Em resposta a outras polêmicas que giraram em torno do filme, Leonardo DiCaprio havia dito esperar "que as pessoas entendam que não estamos aprovando este comportamento, que estamos denunciando... Se você ficar sentado até o final do filme, irá perceber o que estamos dizendo sobre essas pessoas e esse mundo".

Divulgação
Leonardo DiCaprio como Jordan Belfort no longa 'O Lobo de Wall Street
Leonardo DiCaprio como Jordan Belfort no longa 'O Lobo de Wall Street'

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