Folha de S. Paulo


Autor conta como é possível e desejável aprender a morrer

"Filosofar é aprender a morrer", escreveu Michel de Montaigne (1533-1592).

Ao lado do filósofo francês, o romano Sêneca (4 a.C.- 65 d.C.) está entre os mais mencionados em "A Morte na Visão do Espiritismo", de Alexandre Caldini Neto.

Apesar do título, o autor, que é presidente do jornal "Valor", avisa que não quis fazer catequese: seria "deselegante e desrespeitoso".

Os primeiros capítulos expõem conceitos básicos da doutrina espírita, mas Caldini sugere ao leitor só passar por eles se achar que podem ser úteis ou pular essa parte.

A sugestão é feita a Maria, a filha adolescente de um amigo do autor que foi surpreendida pela morte da mãe. Todos os capítulos são escritos como se dirigidos à jovem.

Uma conversa com ela inspirou Caldini a escrever. Há um ano, entre o Natal e o Réveillon, a obra nasceu.

Evitando jargões religiosos, o autor busca mostrar que a preparação para a morte ajuda a lidar com medos, dor e saudade e, também, a ter uma vida melhor.

Para isso, além da visão do espiritismo, Caldini se vale de exemplos que vão desde as ideias de Goethe (1749-1832) até uma performance do chef brasileiro Alex Atala, que, durante a palestra "Death Happens" (a morte acontece), matou uma galinha diante da plateia horrorizada.

A MORTE NA VISÃO DO ESPIRITISMO
AUTOR Alexandre Caldini Neto
EDITORA Belaletra
QUANTO R$ 30 (200 págs.)


Endereço da página: