A colaboração entre instituições de arte do Brasil e da Argentina é a maneira que os museus encontraram para viabilizar a vinda de grandes mostras da Europa e dos Estados Unidos aos dois países.
A exposição de Ron Mueck, em cartaz na Fundação Proa, em Buenos Aires, desembarca no MAM do Rio em março.
Figuras superrealistas de Ron Mueck são vistas pela 1ª vez na América Latina
"Dividimos os custos. Os fretes das obras são muito caros, o que dificulta trazer uma exposição só para um museu", afirma a presidente da Proa, Adriana Rosenberg.
Para Ricardo Ohtake, presidente do Instituto Tomie Ohtake, uma vantagem dessas parcerias é reduzir o custo unitário de cada exposição. "Dá para dividir o transporte, as embalagens para viagens, o catálogo, a curadoria", diz. "Estamos aprendendo a trabalhar itinerâncias, impostos e taxas, descobrindo leis que possibilitem que instituições sem fins lucrativos promovam esses eventos", diz Ohtake.
O museu paulistano receberá em maio "Obsessão Infinita", da japonesa Yayoi Kusama, que ficou em cartaz de julho a setembro no Malba, em Buenos Aires. Antes de chegar à capital paulista, a mostra, hoje no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio, passará por Brasília. (LM)