Folha de S. Paulo


Saber escolher as músicas faz toda a diferença, diz Sam Alves do 'The Voice Brasil'

Ter um repertório que atenda bem às características da voz faz toda a diferença para o desempenho de um cantor. A opinião é do cearense Sam Alves, 24, um dos favoritos à segunda edição do programa "The Voice Brasil", exibido às quintas-feiras na TV Globo. O cantor é um veterano do formato, uma vez que já havia participado da competição nos Estados Unidos, onde vive e estuda.

'The Voice Brasil' vira hit na TV e na web; produtores criticam estilo pasteurizado
Versões de calouros do 'The Voice' ficam entre as mais vendidas pelo iTunes
Cantor e 'príncipe', Daniel recomenda que calouros respeitem sua identidade

Segundo ele, não há muitas diferenças entre o "The Voice" brasileiro e o americano. O cantor destaca os ritmos brasileiros como a maior vantagem do nacional.

A final da segunda edição do "The Voice Brasil" está marcada para o dia 26 de dezembro, quando o vencedor levará R$ 500 mil e um contrato com uma gravadora. Nesta quinta (28), o programa inicia uma nova fase ao vivo.

Cynthia Salles/Divulgação/TV Globo
Sam Alves e Marcela Bueno cantam em cena do programa 'The Voice Brasil
Sam Alves e Marcela Bueno cantam em cena do programa 'The Voice Brasil'

Em entrevista por e-mail, Alves diz que espera conseguir construir uma "longa carreira" após o programa.

*

Folha - Por que resolveu participar do programa?
Sam Alves - Depois de participar do "The Voice" nos EUA, recebi muitas mensagens de apoio do Brasil. A maioria dizia que se eu tentasse o "The Voice Brasil" minha voz não iria passar despercebida pelos técnicos. Pensei muito na possibilidade e como seria. Até que minha mãe pediu que eu parasse de pensar e me inscrevesse.

Acredita que sua carreira vai mudar depois do "The Voice Brasil"? O que espera?
Com certeza. Depois do programa muitas pessoas passaram a conhecer minha voz. Espero aproveitar muitas outras oportunidades como essa de criar música, trabalhar com outras pessoas e assim construir uma longa carreira.

Como escolhe as músicas que vai cantar?
Gosto de transmitir a mensagem que a música nos dá. Então, antes de tocar a plateia, tenho que ser tocado por aquela música. Sempre procurando algo na música com que eu possa me relacionar, dar a ela minha "cara". O cantor tem que saber escolher as músicas certas para ele, pois isso faz toda a diferença.

Alguns produtores musicais dizem que os participantes cantam com um estilo muito semelhante entre si. Concorda? Preocupa-se em não soar pasteurizado?
Eu acho que existe individualidade em todos os participantes. Todos nós estamos ali porque temos um dom, um talento que aperfeiçoamos durante os anos. Quando tentamos nos comparar um ao outro começamos a não enxergar o brilho que cada um de nós traz ao palco. Podemos ter as mesmas influências musicais, mas cada um tem algo diferente.

Já participou da versão americana deste programa. É muito diferente da brasileira?
São poucas as diferenças. Mas o "The Voice Brasil" exalta a riqueza da música brasileira, são mais opções de estilos musicais. No Brasil tem samba, forro, axé, sertanejo etc. Não há esses estilos no "The Voice" americano, eles deixa o programa brasileiro com mais chances de surpresas em relação ao repertório.
Outra coisa interessante é algo que tem a ver com o aspecto cultural de nós brasileiros. Percebi que no Brasil existe um carinho maior e amizade entre os participantes e a produção, nos sentimos mais próximos. A produção também se entristece com a saída de algum participante e se alegra com as vitórias.

O que considera ser o melhor e o pior do "The Voice Brasil"?
Existem tantas coisas boas no "The Voice Brasil" para mim. Fica difícil escolher uma só. Mas acho que se pudesse destacar uma coisa, diria que são os relacionamentos que formamos enquanto estamos no programa. O pior eu diria que é ter somente um vencedor!


Endereço da página:

Links no texto: