Folha de S. Paulo


Blur disparou hits para 27 mil pessoas no Planeta Terra

Blur, de volta ao Brasil depois de 14 anos, já começou o show entregando um dos seus maiores hits para acender a plateia: "Girls and Boys", antecedido de um "boa noite" dito em bom português pelo vocalista Damon Albarn. A partir daí, foram emendando sucessos: "There's No Other Way", "Beetlebum" e "Out of Time" foram tocadas em sequência.

Já encerrada a programação do palco Smirnoff, as 27 mil pessoas que compareceram ao festival Planeta Terra, segundo a organização --a capacidade máxima do local é de 30 mil--, lotaram a pista do palco Terra para ver o quarteto britânico que voltou a fazer shows ano passado, após hiato de quase uma década.

O número de anos de carreira da banda, 24, fechava com a média de idade da plateia, que também tinha, no entanto, seus quarentões.

Em uma hora e meia de show, com 17 faixas, o público cantou em coro o refrão de quase todas as músicas do grupo que disputou o reinado do britpop dos anos 90 com os irmãos Gallagher, do Oasis. Destaque para "Coffee & TV" --sucessora de "Caramel", que instalou clima mais depressivo-- e "Tender" --com direito a fãs segurando cartazes com o trecho "Oh my baby".

"Parklife", um dos maiores sucessos do grupo, do álbum homônimo de 1994, foi tocada exatamente como na gravação. O ator britânico Phil Daniels entrou em cena para dizer os versos que abrem a música. "I love David Luiz [jogador brasileiro, que joga pelo clube inglês Chelsea]", gritou Daniels ao cumprimentar a plateia.

Já em "Country House", Albarn desceu do palco. Ergueu-se na grade que separa a plateia, com a ajuda de seguranças, e usou óculos escuros entregues por fã.

Para a plateia que não arredou pé depois de "This Is a Low", o bis animado teve quatro músicas: "Under the Westway", "For Tomorrow", "The Universal" e "Song 2".

"Tivemos semanas realmente mágicas na América do Sul. Passamos por Argentina, Chile, Peru e agora estamos no Brasil, o grande", disse Albarn antes de encerrar a apresentação com "Song 2". Com a batida mais pesada, surgiram aqui e ali na plateia algumas rodas punk, logo dissolvidas pelo fim do show, por volta das 23h.

ESTRUTURA

Como é tradição no evento, que chegou a sua sétima edição, os shows começaram pontualmente.

Para relembrar o lado lúdico do festival, que de 2008 a 2011 foi realizado no Playcenter, uma roda-gigante e um tobogã divertiram que estava disposto a esperar numa fila constante.

Com os palcos Terra e Smirnoff dispostos lado a lado, o público circulou com facilidade entre um show e outro da programação que teve artistas tocando simultaneamente. A posição próxima dos palcos, no entanto, deixou vazar som de uma apresentação para outra, como na de Lana Del Rey, em que se podia escutar Beck.


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