Folha de S. Paulo


Último filme de Bruno Barreto 'condena a si próprio', critica 'The New York Times'

"Flores Raras" --ou "Reaching For the Moon", como foi chamado nos EUA-- não agradou muito ao "The New York Times". Apesar de ter sido lançado na última sexta-feira (1), a produção mais recente do diretor Bruno Barreto foi alvo de comentários pouco elogiosos na crítica do jornal americano, como "o filme acaba por condenar a si mesmo" e "rapidamente floresce em um melodrama".

"Os poemas de Bishop são usados largamente para ilustrar momentos essenciais, o que deprecia sua complexidade e faz o roteiro soar pior", afirma o texto.

Para o jornal, as duas atrizes principais, Glória Pires e a australiana Miranda Otto, são "encurraladas por uma direção e um roteiro implacavelmente controladores" e a trilha parece ter saído de uma linha de produção.

Divulgação
As personagens Lota de Macedo Soares (Glória Pires) e Elizabeth Bishop (Miranda Otto) em cena do filme
As personagens Lota de Macedo Soares (Glória Pires) e Elizabeth Bishop (Miranda Otto) em cena do filme "Flores Raras"

"Flores Raras", lançado no Brasil em 16 de agosto, mostra a relação entre a arquiteta Lota de Macedo Soares (Glória Pires), criadora do parque do Flamengo, e a poetisa americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto). Mary (Tracy Middendorf), a amante traída de Lota e amiga de Elizabeth, é a terceira peça do drama.

Apesar de ter recebido o prêmio de público no último Festival de Berlim, o drama de R$ 13 milhões só foi visto por 272 mil pessoas e arrecadou R$ 3,3 milhões.


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