Folha de S. Paulo


Mario Borgneth é o novo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura

O governo federal nomeou Mario Borgneth para exercer o cargo de secretário do Audiovisual do Ministério da Cultural. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (7) no Diário Oficial.

A função vinha sendo exercida interinamente por João Batista da Silva desde outubro, quando Leopoldo Nunes havia sido exonerado do cargo. O Ministério da Cultura não explicou o motivo de sua exoneração. Nunes passou a dirigir o Centro Técnico Audiovisual.

Valter Campanato/Agência Brasil
Mario Borgneth, novo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura
Mario Borgneth, novo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura

Borgneth já foi gerente do núcleo de documentários da TV Cultura, coordenador do Fórum de TVs Públicas e diretor de rede e relacionamento da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

A EBC é uma empresa pública do Brasil, gestora da TV Brasil. Em 2008, Borgneth deixou o cargo que exercia no órgão.

Na mesma época, o diretor-geral da TV Brasil, Orlando Senna, pediu demissão. Senna havia exercido o cargo de secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura de 2003 a 2007.

Em carta divulgada na época de sua demissão, Senna criticou a maneira como a EBC era gerida, com poderes excessivos concentrados na Presidência e com "instâncias operacionais engessadas". Segundo ele, essa forma de gestão teria induzido também a exoneração de Mario Borgneth.

CINEMATECA

A Cinemateca Brasileira, que é ligada à Secretaria do Audiovisual, também passou recentemente por mudanças administrativas. A Cinemateca é responsável pela preservação e difusão da produção audiovisual brasileira e guarda atualmente cerca de 44 mil títulos do cinema do país em sua sede na Vila Clementino, na zona sul de São Paulo.

Na segunda-feira (4), o professor goiano Lisandro Nogueira assumiu o cargo de diretor da instituição, que vinha sido gerida pela diretora interina Olga Futemma. Em janeiro, o Ministério da Cultura exonerou o então diretor Carlos Magalhães e interrompeu o repasse de recursos à sociedade responsável por gerir a instituição, afetando o funcionamento de seus serviços básicos.

Uma auditoria em curso investiga o uso da verba investida pelo governo na instituição --desde 2008, R$ 105 milhões foram movimentados.

Em dezembro, termina o contrato de 24 dos 44 empregados que trabalham na Cinemateca. Dos 20 que restarão na instituição, 17 já podem pedir a aposentadoria. Nogueira anunciou a contratação de outros 17 funcionários que fazem parte de um convênio entre os ministérios da Cultura e do Trabalho.

Com a crise, serviços como a catalogação e a difusão foram afetados. Em maio, uma das duas salas de cinema foi fechada. Hoje, um só funcionário trabalha no setor de restauração.


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