O estilista Oskar Metsavaht levou pela segunda vez a grife carioca Osklen para a semana de moda de Nova York, que acabou ontem (12/9).
Comércio dita tendências na semana de moda de Nova York
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Única brasileira a desfilar no calendário oficial (Alexandre Herchcovitch se apresentou fora do evento), a marca adaptou sua última apresentação na São Paulo Fashion Week, em março, de focada no mercado americano.
À Folha, Metsavaht afirma que o desfile de verão 2015 da grife pode ser financiado pela Lei Rouanet e que a Osklen "contribui para a formação da cultura brasileira".
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Folha - Por que desfila em Nova York?
Oskar Metsavaht - Faz parte de nossa estratégia de internacionalização. Ao contrário de outras marcas brasileiras que desfilam no exterior, não quero fazer imagem para o Brasil. A ideia do desfile é atrair os compradores internacionais. A semana de Nova York ajuda nisso pois é focada no comércio.
É caro desfilar ali?
Muito. Pago US$ 40 mil (R$ 91 mil) só pela vaga. Ao todo, gastamos US$ 200 mil (R$ 456 mil) com todo o desfile, que é bem simples, aliás.
Pensa em pedir incentivo da Lei Rouanet para o desfile?
Claro, a Osklen contribui para a formação da cultura brasileira. Quero submeter projeto para o desfile de verão 2015. Farei exposição, livro de notas, curta-metragem...
O grupo Alpargatas comprou a marca. Ele não poderia arcar com os custos?
Não foi uma compra, e sim uma associação. O "budget" [orçamento] de marketing da Osklen não é alto e acompanha o crescimento da grife. Além disso, para nós, criadores, projetos de Estado são essenciais para formarmos uma cultura de moda consistente no país.
Que cultura é essa?
Uma que reconheça o papel da criação e valorize a originalidade. A inclusão da moda na Lei Rouanet vai separar quem produz roupas originais dos copiadores. As pessoas vão reconhecer isso com o passar do tempo.