Folha de S. Paulo


Festival de Toronto impulsiona indicações ao Oscar em 2014

Ganhar uma Palma, um Urso ou um Leão de Ouro está na lista de "coisas para fazer antes de morrer" de muitos cineastas. Mas, mesmo sem entregar nada de ouro --por não ser competitivo--, o Festival de Toronto, que começou ontem e vai até o dia 15, está conseguindo "roubar" vários filmes de eventos mais tradicionais da Europa.

A razão é simples: Toronto tornou-se a plataforma inicial da campanha pelo Oscar, que ocorre em março.

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Basta ver o retrospecto dos últimos anos. Em 2012, "Argo", de Ben Affleck, estreou em grande estilo em Toronto, ficou em segundo lugar na votação do público e levou a estatueta de melhor filme.

Mais emblemático foi o caso de "O Lado Bom da Vida", de David O. Russell, produção que não tinha entrado no radar até uma participação explosiva em Toronto --foi o favorito do público e acabou concorrendo a oito Oscar, vencendo o de melhor atriz (Jennifer Lawrence), em 2013.

"Toronto está posicionado como festival-chave para o Globo de Ouro e o Oscar. Quando estamos negociando a presença das produções, as companhias, os produtores e os agentes têm muita consciência do que Toronto pode fazer para ajudar um filme", disse o diretor Piers Handling, na coletiva de apresentação da seleção de 2013.

NOTÁVEIS

O filme de abertura, "O Quinto Poder", de Bill Condon, é um dos destaques, narrando a história de Julian Assange (interpretado por Benedict Cumberbatch).

"12 Years a Slave", de Steve McQueen ("Shame"), já gera especulações sobre possíveis indicações. O filme conta a história de um homem livre (Chiwetel Ejiofor) sequestrado e vendido como escravo nos EUA pré-Guerra Civil.

Com Meryl Streep e Julia Roberts no elenco, "August: Osage County", de John Wells, também parece fadado a conquistar indicações.

Idris Elba, visto recentemente em "Círculo de Fogo", é outro que gera atenção por seu retrato do ex-presidente da África do Sul quando jovem em "Mandela: Long Walk to Freedom", dirigido por Justin Chadwick.


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