Folha de S. Paulo


Crítica: Robôs gigantes podem salvar a Terra, mas não o filme 'Círculo de Fogo'

Talvez a melhor solução para certos filmes fosse o supervisor de efeitos especiais assinar como diretor logo de uma vez. Um caso bem à mão é "Círculo de Fogo", a mais nova ameaça de apocalipse.

Quem ataca, desta vez, são os Kaiju, espécie de Godzillas à décima potência que investem a partir do oceano, mas se introduzem no nosso universo através de uma fenda que, se eu bem entendi, fica para os lados de Hong Kong.

Quem nos protege são os Jaegers, robôs gigantescos, manejados por dois soldados humanos que devem se encontrar em perfeita neuroconexão, seja isso o que for.

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Charlie Hunnan como Raleigh, controlador de robôs gigantes que enfrentam monstros
Charlie Hunnan como Raleigh, controlador de robôs gigantes que enfrentam monstros

O problema é que os monstros se tornam cada vez mais fortes, o que acarreta uma série de derrotas para os Jaegers. Entre outras, na batalha em que morre o irmão de Raleigh (Charlie Hunnan).

A luta está cada vez mais dura. Só que desta vez ele encontra, como ser apto a uma perfeita neuroconexão, a bela Mako (Rinko Kikuchi). Logo sabemos que eles estão mais aptos a outro tipo de conexão que não a neurológica.

Salvam-se do desastre os dois cientistas da base, que fornecem alguns momentos de humor a um filme que nos ameaça todo o tempo com o fim do mundo, mas parece muito mais apto a promover o fim do cinema (ou, mais extensamente, da imaginação).

CÍRCULO DE FOGO
PRODUÇÃO EUA, 2013
DIREÇÃO Guillermo del Toro
ONDE Kinoplex Itaim 5 e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO ruim


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