Folha de S. Paulo


Com 300 mil pessoas, festival Lollapalooza bate recorde de público nos EUA

O festival Lollapalooza, evento de três dias de música no histórico Grant Park de Chicago, foi ainda maior este ano com um programa que honrou suas raízes de rock alternativo e ampliou seu apelo a fãs do folk, dance, rap e até da música country.

Um público recorde de 300 mil pessoas se reuniu para assistir a quase 150 bandas que tocaram em oito palcos erguidos nos 1,6 km de gramados do parque, que fica à beira do lago Michigan.

A variedade de música era tão discrepante quanto os frequentadores dos shows. Adolescentes em tops de cores brilhantes dançaram ao ritmo de Dillon Francis na arena dance, na sexta-feira, e góticos vestidos de preto curtiram o programa de encerramento, no domingo, com os veteranos do Cure.

Jim Young/Reuters
Público no Grant Park de Chicago para o festival de música Lollapalooza
Público no Grant Park de Chicago para o festival de música Lollapalooza

O Vampire Weekend forneceu o pop literário, enquanto o roqueiro-country Eric Church cantou sobre beber Jack Daniels e ficar chapado.

O grupo de pop folk que está no topo das paradas, Mumford and Sons, atraiu um dos maiores públicos no sábado, que ouviu o som de banjo e guitarra acústica em "I Will Wait" e "The Cave", antes que outro grupo de folk em ascensão, os Lumineers, incendiasse a plateia de um palco erguido no gramado do parque.

O evento anual de verão, que teve os ingressos esgotados e que no ano passado colocou US$ 120 milhões na economia local e lotou os hotéis do centro neste ano, é o maior show de Chicago.

FESTIVAL TRADICIONAL

O Nine Inch Nails, a veterana banda de rock alternativo liderada por Trent Reznor, tocou no primeiro Lollapalooza em 1991 e encerrou a noite de sexta-feira com seu primeiro show nos EUA em quatro anos.

Grande parte do público nem mesmo era nascida quando Reznor entrou em cena com seu rock industrial agressivo, fazendo sucesso com a música "Head Like a Hole", que a banda tocou no final do set.

"Vim aqui pelas garotas e pela (banda) The Killers. Não sei quem são os Nine Inch Nails", disse Ryan Coolidge, de 15 anos, morador de um subúrbio ao noroeste de Chicago.

Dois artistas programados para se apresentar na noite de sábado no mesmo palco cancelaram seus shows repentinamente. A rapper Azealia Banks estava supostamente com dor de garganta, enquanto os organizadores do Lollapalooza anunciaram que Death Grips, um grupo de rap da Califórnia, "decidiu não aparecer".

Fora isso, o festival se desenrolou sem problemas, com o gramado encharcado por chuvas na manhã de sexta-feira antes de o sol aparecer e temperaturas mais amenas, o que tornou o evento mais confortável para os fãs.

Ben Gibbard anunciou que o show seria o último de seu grupo Postal Service. O artista local de hip-hop, Chance the Rapper, que compõe músicas edificantes sobre superar a violência nas ruas de Chicago, fez tamanho sucesso em um palco menor que muitos não conseguiram se aproximar o bastante para ver o cantor de 20 anos.

O palco de dance Perry's, batizando em homenagem ao organizador do Lollapalooza Perry Farrell, foi um dos mais populares. O dubstep dominou a área, com artistas como Baauer, conhecido por sua faixa "Harlem Shake" e centenas de vídeos de números de dança na mídia social que provocou.


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