O roqueiro britânico Liam Gallagher deu início a três dias de música do Festival de Glastonbury nesta sexta-feira (28), aplaudido por um público salpicado de lama e feliz em ver o céu clarear depois de 18 horas de chuva.
Em um dos segredos mais mal guardados do festival de 2013, Gallagher e sua banda, o Beady Eye, abriram o dia às 11h (horário local) de um dos 58 palcos espalhados pelos 365 hectares da Fazenda Worthy, no sudoeste rural da Inglaterra.
Apesar de prometer nunca mais tocar no Glastonbury depois de criticar o evento em 2004, o ex-vocalista do Oasis deu partida em um espetáculo de uma hora de duração com "Flick of the Finger", além de tocar músicas pedidas pelo público, como "Morning Glory".
"Nunca é cedo demais para um pouco de exasperação do rock 'n roll, não é?", perguntou Gallagher, vestido de negro e usando óculos escuros, à multidão.
Outros artistas incluídos na programação de sexta-feira foram Sinead O'Connor, Dizzee Rascal, Rita Ora, e a principal atração Arctic Monkeys, enquanto a principal atração do ano, os Rolling Stones, tocará no sábado, e os roqueiros britânicos folk do Mumford & Sons, no domingo.
Mais de 135 mil fãs foram até a fazenda localizada 210 km a sudoeste de Londres para o maior festival de música do Reino Unido, que começou como um retiro para cerca de 1.500 hippies em 1970 que pagaram uma libra e ganharam leite gratuito.
Fiel às raízes alternativas de Glastonbury, o festival inclui música de todos os gêneros, do hip hop a monges cantores, e escolhas surpreendentes como a estrela do country norte-americano Kenny Rogers e o octagenário apresentador da televisão britânica Bruce Forsyth.
Solange Knowles, irmã caçula da atração principal de 2011 Beyoncé, se apresenta em um dos menores palcos na sexta-feira.
O festival não foi realizado no ano passado devido às Olimpíadas de Londres, e a demanda para ingressos de US$ 315 (R$ 701) foi forte, esgotando-se em um tempo recorde de uma hora e quarenta minutos.
Embora a programação musical começasse apenas na sexta-feira, o público começou a chegar desde que os portões abriram na manhã de quarta-feira, ansiosos para garantir os melhores lugares para acampar.
Para quem não está disposto a dormir em uma barraca normal, há até 1.000 tendas e yurts (construções arredondadas típicas da Mongólia) para alugar, que podem vir com móveis, dependendo do preço.