Folha de S. Paulo


Paródias de livros infantis fazem graça com monitoramento de telefone e internet

O famoso passatempo, por vezes interminável, de tentar encontrar o Wally e todas as suas bugigangas perdidas ganhou ares de espionagem após reportagens dos jornais "Guardian" e "Washington Post" terem revelado que o serviço de inteligência do governo dos EUA tem acesso direto a dados telefonônicos e dados na internet da população civil --sob o pretexto de combater o terrorismo.

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O escândalo de vigilância virou motivo de piadas na internet --um site reúne imagens em que Barack Obama parece estar dando uma espiadinha nos e-mails de outras pessoas, enquanto usuários do Twitter se desdobraram a favor da zoeira para parodiar capas de livros infantis famosos. "Onde Está Wally?", por exemplo, virou "Lá Está o Wally (e os nomes e identidades de todas as pessoas que aparecem nesta página)". O usuário do Twitter @Darth fez e agrupou, com a hashtag #NSAkidsbooks, paródias com livros de Maurice Sendak, Shel Silverstein, Dr. Seuss e E.B. White.

No clássico infantil "A Princesa e a Ervilha", do dinamarquês Hans Christian Andersen, uma jovem se revela uma verdadeira princesa após ter seu sonho atrapalhado por uma ervilha, mesmo embaixo de diversos colchões. Na nova versão, a ervilha dá lugar a um microfone de vigilância (um grampo).

Em "Horton Hears a Who" ("Horton e o Mundo dos Quem"), de Dr. Seuss, vira "Horton Hears a You" (Horton ouve um "Você!"). Na montagem, o elefantinho da capa de livro ganha o cabelo e os óculos do diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), o general Keith Alexander.


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