Folha de S. Paulo


Netflix estreia todos os episódios da nova temporada da comédia "Arrested Development"

"Essa é a história de uma família rica que perdeu tudo. E de um filho que não teve escolha senão mantê-los unidos."

"George Sr. é darwiniano", diz Jeffrey Tambor
Juntar o elenco foi o maior desafio

Lá se vão sete anos desde que o texto acima anunciava mais um (então o último) episódio de "Arrested Development", série de comédia que foi ar nos Estados Unidos entre 2003 e 2006.

O clã Bluth, protagonista e notório ninho de trapaceiros, ressurgiu das cinzas neste ano. Estreia hoje, às 4h, a quarta temporada da trama, com 15 episódios inéditos disponibilizados de uma só vez pelo serviço de vídeos sob demanda Netflix.

Cancelada por falta de audiência na Fox, emissora de TV aberta nos EUA, o programa virou um queridinho da mídia --ganhou seis Emmy e um Globo de Ouro. Também manteve intacta a adoração de seus poucos mas fiéis fãs.

A mobilização on-line, que alimentou fóruns de discussão e redes sociais e rendeu incontáveis cliques nos episódios antigos disponíveis na Netflix, pôs em funcionamento a ideia da equipe de criação de voltar ao trabalho.

O plano inicial era produzir um longa-metragem baseado na série. Havia, inclusive, deixa para tanto no último episódio exibido em 2006.

Mas então veio o convite da Netflix para retomar o fio da meada no formato original do programa.

Para o criador de "Arrested Development", Mitch Hurwitz, há uma liberdade maior na internet, tanto de conteúdo quanto de forma.

"A Fox, por exemplo, não gostava que a gente dissesse 'godammit' [droga]", diz. "A Netflix serviu para que usássemos a plataforma on-line de forma inédita. Foi desafiador."

"Aceitei antes de imediatamente, aceitei imedi...", brinca o ator Jeffrey Tambor, que interpreta o patriarca corrupto da família disfuncional."É o momento certo, é a plataforma certa", completa.

O jornalista IURI DE CASTRO TÔRRES viajou a convite da Netflix.


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