Folha de S. Paulo


Luiz Caldas vai do axé ao rock no Arouche

Primeira grande atração do Largo do Arouche, epicentro gay de São Paulo, o "inventor do axé Music" Luiz Caldas misturou o estilo que o consagrou com rock 'n roll durante a noite.

No palco, de echarpe cinza (que a certa altura desapareceu), calça e camiseta pretos e, pasmem, botas de cano baixo --item raro no vestuário do baiano que se notabilizou por cantar descalço--, o músico de 50 anos rebolou, quicou, jogou as mãos pra cima e até moonwalk fez.

Além disso, minutos depois de tocar "Tieta" e "Nega do Cabelo Duro", Caldas e sua banda tocaram o clássico do Dire Straits, "Sultans of Swing".

Com voz um pouco rouca, ele disse ao público: "Já toquei de Creedence a Martinho da Vila em bailes. Cantava também em cima do trio elétrico, mas só tinha frevo, de Pernambuco. Aí inventei o Axé", afirmou.

Após agitar o público com seu fricote, gênero que deu origem ao axé, ele não só tocou rock como fez o solo de guitarra em "Sultans of Swing". Também tocou músicas da banda de rock progressivo Pink Floyd e fez uma releitura de "Primeiros Erros", de Kiko Zambianchi.

Mas o que os casais homo e heterossexuais que assistiam à apresentação pediram mesmo foi muito axé e lambada. (GIBA BERGAMIM JR. E RAQUEL COZER)


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