Folha de S. Paulo


Há um ano, filme sobre escolha do papa virou sucesso no Brasil

"Habemus Papam", do cineasta italiano Nanni Moretti, pode não ter obtido a mesma audiência da apresentação do novo papa, Francisco, que monopolizou o noticiário e a redes sociais online nesta quarta-feira (13). Mas o longa foi um sucesso no circuito alternativo ao ser lançado no Brasil, há um ano.

O drama com pitadas de humor irônico sobre um papa (Michel Piccoli) que sofre um ataque de pânico segundos antes de ser apresentado aos fiéis estreou no Brasil com ótimos números: apesar de ter sido exibido em apenas 15 salas, "Habemus Papam" foi a segunda melhor média do fim de semana de 16 de março de 2012, atraindo 715 pagantes por cinema --números inferiores apenas aos do blockbuster "Guerra é Guerra", que ocupava 320 salas.

Nos três dias, o filme rendeu R$ 130 mil. No fim da carreira, fechou com R$ 1,2 milhão de renda e cerca de 102 mil ingressos vendidos, ótimos números para um filme de arte italiano --nos Estados Unidos, o filme rendeu pouco mais de US$ 400 mil (R$ 800 mil).

Em termos de comparação, outro filme com tema parecido, "Elefante Branco", de Pablo Trapero, sobre um padre jesuíta (Ricardo Darín) trabalhando em uma favela de Buenos Aires, estreou no fim do ano passado com apenas 15 mil pagantes. O longa argentino encerrou sua passagem no Brasil com pouco mais de 45 mil ingressos vendidos.

Divulgação
Diretor Nanni Moretti (à esq.) também atua no filme e intepreta um psicanalista em
Diretor Nanni Moretti (à esq.) também atua no filme e intepreta um psicanalista em "Habemus Papam"

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