Folha de S. Paulo


Planeta Atlântida 2013 termina com música eletrônica e tecnopop em Florianópolis

Música eletrônica e tecnopop marcaram na madrugada deste domingo (13) o encerramento do Planeta Atlântida 2013 em Florianópolis (SC).

O eletrônico ficou a cargo do DJ gaúcho Fabrício Peçanha. Ele transformou o local da festa, o Sapiens Parque, em pista de dança.

O RPM se encarregou do tecnopop. O quarteto liderado por Paulo Ricardo apresentou no festival o disco Elektra, lançado em 2011.

Foi a primeira vez que a banda conhecida em todo país pelos hits "Olhar 43", "Rádio Pirata", "Louras Geladas" e "Revoluções por Minuto" tocou no Planeta Atlântida.

Até a tarde deste sábado (13), a banda estava escalada para tocar na área de camarotes, com menos visibilidade. Mas a organização transferiu o show ao palco central.

Antes do Elektra, o RPM estava sem gravar um disco havia 23 anos. O grupo está junto há quatro anos.

"O público já entendeu que o foco agora não é mais a volta do RPM. O que importa neste momento é que nós estamos trabalhando, viajando o país", disse Paulo Ricardo.

Com o fim dos shows em Florianópolis o Planeta Atlântida segue para Xangrilá (RS). O festival no litoral gaúcho será nos dias 1º e 2 de fevereiro.

Neste sábado (12), além de Fabrício Peçanha e RPM, se apresentaram Detonautas, Sorriso Maroto, Natiruts, O Rappa e Luan Santana.

Na sexta-feira (11), na noite de abertura, foram Strike, Armandinho, Racionais MC´s, Charlie Brown Jr, Claudia Leitte, Planet Hemp e Naldo.

DETONAUTAS

O Detonautas dividiu o palco com o Raimundos na segunda noite do Planeta Atlântida, como previsto pela organização. Juntas, as bandas tocaram "Eu Quero Ver o Oco", "Mulher de Fases" e "Puteiro em João Pessoa".

Antes da dobradinha, Tico Santa Cruz criticou o sertanejo universitário dizendo que "você não precisa de um Camaro amarelo para conquistar mulheres". Ele explicou o que considera música boa. "Música boa dura 20, 30, 40 anos. Música ruim pode até fazer sucesso, mas daqui a três meses desaparece."

SORRISO MAROTO

Segunda atração da noite, o Sorriso Maroto fez uma mistura de pagode e funk no palco central. Além da inevitável "Assim Você Mata o Papai", que estourou na novela "Avenida Brasil", da Globo, tocou músicas do Art Popular, Daniel e Revelação.

O grupo também surpreendeu cantando partes de "Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha", "Kuduro" e "Ex My Love". Para finalizar, o vocalista puxou um coro de "é som de preto, de favelado, mas quando toca ninguém fica parado".

NATIRUTS

Única banda de reggae da noite, o Natiruts fez uma apresentação meio arrastada. Nas palavras do vocalista do grupo, Alexandre Carlo, foi "um show bem tranquilo, para o pessoal cantar junto".

Os coros de "Andei Só" e "Liberdade para Dentro de Cabeça" foram os pontos mais expressivos da noite.

O RAPPA

A banda carioca fez críticas ao racismo e homenageou Luiz Gonzaga em sua 10ª participação no Planeta Atlântida.

Falcão, o líder do grupo, repetiu quase 10 vezes o mesmo palavrão para falar que "a cor da pele que protege do frio e do calor não importa". Ele não explicou os motivos do desabafo.

Quarta atração da noite, o Rappa terminou o show à 0h30 deste domingo (13). A banda dedicou uma música a Luiz Gonzaga, o rei do baião, que morreu em 1989. Falcão o chamou de "Bob Marley brasileiro" e lembrou que o nordestino compôs mais de 400 músicas - entre elas o hino "Asa Branca".

LUAN SANTANA

Luan Santana cantou Adele e teve de lutar contra a rouquidão durante o show. O sertanejo pediu desculpas ao público pela condição de sua voz, apesar de o problema possivelmente ter passado despercebido pela maior parte dos fãs.

"Felizmente isto aconteceu poucas vezes na minha carreira. Infelizmente está acontecendo hoje. Se eu não estiver alcançando as notas, eu quero que vocês me perdoem", disse.

Luan Santana sempre inseriu músicas de terceiros em seu repertório. Mas em Florianópolis surpreendeu cantando "Someone Like You", de Adele. "O clipe desta música é o mais visto em vários países. Aqui no Brasil ela foi uma das mais tocadas no ano passado", justificou.


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