Folha de S. Paulo


Filme feito à mão conta história de princesa que nasce do bambu

Se você gosta de filmes da Disney sobre princesas, como "Cinderela" e "A Bela Adormecida", vai gostar também de "O Conto da Princesa Kaguya", que entrou em cartaz nos cinemas na última quinta-feira (16).

E, se você não curte esses filmes, pode ser que mesmo assim ache "Kaguya" um desenho legal. Ele tem coisas que aparecem nas tramas de princesa. Mas, ao mesmo tempo, é bem diferente daquilo que vemos no universo Disney.

Primeiro, vou falar do que tem de parecido. Por exemplo: os elementos mágicos dos contos de fadas. A história é baseada em "O Conto do Cortador de Bambu", que pertence ao folclore do Japão antigo.

A princesa do filme nasce de um bambu (isso mesmo!), é adotada por um casal de camponeses e cresce rapidamente. Quando se torna princesa, adivinhe? Vários homens querem se casar com ela.

Agora, as coisas diferentes. A mais importante delas tem a ver com a produtora japonesa Studio Ghibli, que fez "A Viagem de Chihiro", "Ponyo" e outras animações do diretor Hayao Miyazaki.

A equipe de "Kaguya", comandada pelo diretor Isao Takahata, demorou oito anos para terminar o filme, usando técnicas tradicionais de animação: desenhar e colorir, à mão, sem computadores.

O charme do filme, portanto, está em juntar uma história do folclore japonês com esse jeito artesanal de fazer cinema.


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