Folha de S. Paulo


Crianças empreendedoras criam seus próprios negócios ou projetos

Biel está com a agenda lotada de palestras para dar no Brasil e em outros países. Beatriz coordena uma ONG há sete anos. João toca um negócio online de venda de fotografias. Alejandro arrecadou R$ 5.000 para ajudar pessoas cegas.

Com perfis que deixariam muito empresário de queixo caído, todos esses casos são de brasileiros que resolveram investir em projetos pessoais. Mas com um detalhe: eles têm entre oito e 14 anos de idade.

"Se, com essa idade, eu consegui ajudar alguém, todo mundo consegue", diz Alejandro Tichauer, 8, que doou bengalas e máquinas de braile para cegos (veja outros exemplos abaixo).

Para Ana Biavatti, idealizadora da Oficina de Negocinhos, que dá aulas de empreendedorismo para crianças no Rio, o fácil acesso a informações faz com que o desejo de criar projetos surja cada vez mais cedo. "Ter essa iniciativa ajuda a formar crianças mais questionadoras, que vão além do óbvio."

É o caso de Beatriz Martins, 14, que criou a ONG Olhar de Bia aos seis anos para ajudar pessoas carentes. "Se você ama algo, tem que fazer", acredita.

Vera Zimmermann, psicóloga e coordenadora do Cria (Centro de Referência da Infância e Adolescência, da Unifesp), porém, diz que é preciso cautela. "Negócios não são preocupações da infância. É legal aprender a administrar. Mas sem exageros, não existe criança empresária", conta.

CRIANÇAS EMPREENDEDORAS

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