Folha de S. Paulo


Marcus, 12, rebate crítica de garoto de 11 anos sobre 'Percy Jackson'

O livro "Percy Jackson e o Ladrão de Raios" (ed. Intrínseca; R$ 29,90), de Rick Riordan, rendeu um debate acalorado na "Folhinha".

Depois que Bruno Napoleão, 11, escreveu uma resenha em que diz que a história é ruim e confusa, o jornal recebeu e-mails discordando da opinião do garoto.

Marcus Vinícius Teixeira Huziwara, 12, escreveu uma resenha em que explica os motivos pelos quais gosta do livro. "Percy Jackson despertou minha imaginação, criatividade e me informou sobre lendas, criaturas e deuses", diz o garoto sobre o livro, que vendeu mais de um milhão de cópias no Brasil e lotou salas de cinema.

Você também pode enviar para a "Folhinha" resenhas sobre livros, filmes ou games dos quais gostou ou não.

Para participar, os leitores de até 12 anos devem enviar os textos, entre 30 e 40 linhas, para o e-mail folhinha@uol.com.br.

Leia abaixo a resenha de Marcus Vinícius.

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A HISTÓRIA É FICTÍCIA

Divulgação
Filme Percy Jackson e o Mar de Monstros, com o ator Logan Lerman na pele do personagem que dá nome ao filme. Na cena, herói combate um touro mecânico Divulgação ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Cena do filme "Percy Jackson e o Mar de Monstros"

Entendo que cada um tem seu gosto por livros e que tem gente que gosta e não gosta de Percy Jackson. Eu adoro, porque sou muito interessado em mitologia.

Para quem não leu ainda, indico que leia o livro. Se não gostar, tudo bem, pelo menos pode falar com propriedade que não gostou. Já para quem realmente gostou, sugiro que leia a coleção inteira.

O livro despertou minha imaginação, criatividade e me informou mais sobre lendas, criaturas e deuses da mitologia grega e romana.

A história fala sobre um menino de 12 anos que estuda em uma escola para crianças problemáticas. Até que um acontecimento marcante em sua vida faz com que ele descubra que seu pai é o deus grego Poseidon e que está sendo acusado de roubar o raio de Zeus, a arma mais poderosa do universo.

Eu sei que pode parecer um pouco esquisito o pai dele ser Poseidon, mas é isso mesmo, já que a história é fictícia.

Há também muitos fatos atuais e importantes abordados no livro, como bullying na escola, relacionamento com padrastos e a desigualdade social. Mas, o que me deixou mais interessado foi a mitologia grega e romana estarem presentes no mundo atual.

Além disso, achei muito legal o companheirismo e amizade presentes no livro. Em toda a aventura, para provar sua inocência do roubo e encontrar o verdadeiro ladrão do raio, Percy tem a ajuda de seus amigos -a filha de Atenas Anabeth e o sátiro Grover.

"Percy Jackson e o Ladrão de Raios" não é meloso como "Crepúsculo", cansativo como "O Hobbit" ou chato como "House", é um livro cheio de aventura e emoção que prendem nossa atenção e desperta a vontade da leitura. Eu já estou no terceiro livro da coleção.

Acredito que algumas pessoas não gostaram do livro porque não entenderam a história ou porque não leram com vontade.

Mas se eu fosse você, daria um descanso para o Xbox, Wii ou Playstation e começaria a ler o livro.


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