Folha de S. Paulo


Garotos são craques do pebolim, futebol de botão e videogame; já nos gramados...

Rodrigo Nakaja, 12, segura a bola no meio de campo com o olhar concentrado de quem estuda a melhor jogada. Dá dois toques rápidos, chega ao ataque com o drible elástico e chuta forte no canto do goleiro. Golaço indefensável. E tudo isso sem colocar o pé na bola.

O garoto é craque no pebolim, jogo mostrado no filme "Um Time Show de Bola", e faz parte de um grupo de meninos que são artilheiros em outras formas de futebol -eles passam longe das chuteiras e dos gramados.

"O segredo é o jeito de bater na bola e o movimento do pulso. Passo horas treinando as jogadas", ensina Rodrigo, que pratica o esporte (que, para ele, não tem nada de brincadeira de salão de jogos) desde que tinha oito anos.

Assim como o Amadeu do filme "Um Time Show de Bola", Rodrigo não repete no campo os mesmos dribles e finalizações que usa no pebolim. "Acho mais fácil dominar a bola pequena."

Guilherme Gomes, 12, também faz parte dessa seleção de boleiros com as mãos. Treina três vezes por semana futebol de botão na Vila Maria Zélia, em São Paulo. "Até jogo futsal. Mas faço muito mais gols com o botão", diz.

Com um time que mandou fazer sob medida, em que os jogadores são estrelas do rock como Freddie Mercury e John Lennon, é o oitavo no ranking da Federação Paulista de Futebol de Mesa para menores de 18 anos. "Tem que treinar bastante", acredita.

No videogame, a rotina de treinos também é intensa. "Jogo todas as tardes, sempre com o Real Madrid. É bom manter a mesma equipe para entender o estilo de jogo", conta Júlio César dos Santos, 12.

Ele participou de um campeonato do jogo Fifa neste ano. "Só tinha eu de criança. Ganhei só uma partida, mas ainda vou ser campeão", diz. E com a bola no pé? "Aí é mais difícil."


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