Há 81 anos, no dia 23 de julho de 1932, morria Alberto Santos Dumont, considerado o pai da aviação.
Inventor conhecido e personalidade internacional na época, ele morreu na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo.
Na edição de 22 de julho de 1973, há 40 anos, a "Folhinha" publicou um texto que explicava a importância dos inventos de Santos Dumont para a ciência.
Leia a íntegra abaixo.
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| O inventor Alberto Santos Dumont |
Além de uma grande fortuna que recebeu de seu pai, Henrique Dumont, os conselhos que recebeu de seu progenitor para que estudasse mecânica e se transferisse para a Europa foram decisivos para que Alberto Santos Dumont, o inventor do avião, se tornasse num determinado momento um dos homens mais conhecidos e admirados em Paris e em toda a Europa.
Frequentava as altas rodas da capital francesa e do Velho Mundo. Passava temporadas em Mônaco a convite da Casa Real; o rei Leopoldo II, da Bélgica, fez questão de conhecê-lo quando esteve em Paris visitando uma exposição de automóveis.
Recebeu também homenagens de Thomas Edison e Marconi. Desde menino, Santos Dumont tinha paixão por motores e engenhoca, desenvolvendo sua grande capacidade criadora através da leitura de todos os livros de Julio Verne.
O que mais o fascinava, entretanto, era o voo dos pássaros. Passava tardes inteiras observando-os, tentava estudá-los, fazia experiências com papagaios de seda.
Em 1897, aos 24 anos, Santos Dumont chega a Paris, após concluir um curso de mecânica que realizou em Bristol. Naquela época, na capital da França, se desenvolviam muitas experiências com balões, e isso o fascinava mais que tudo na vida.
Começou a desenvolver então os planos de seu primeiro balão, o "Brasil", redondo, pequeno e leve, contrastando com os existentes, maiores e muito mais pesados.
Depois de vários balões, Santos Dumont se entregou a planos mais ambiciosos: construir um dirigível. E, com um dos modelos de dirigível que desenvolveu, ganhou o prêmio "Deutsch", em 1900, de 100 mil francos, oferecidos pelo magnata Deutsch de la Meuthe para o balão que num prazo de 30 minutos de voo fizesse uma volta completa em torno da Torre Eiffel e retornasse ao ponto de partida.
Em suas experiências com balões e dirigíveis, Santos Dumont sofreu vários acidentes e, em alguns deles, escapou da morte por verdadeiro milagre.
Finalmente, em 23 de outubro de 1906, Santos Dumont concretizava seu sonho maior: voar com um mais pesado que o ar. Perante uma enorme multidão que se acotovelava no campo de Bagatelle, o 14-Bis fez um voo de nais de 100 metros de comprimento e a alguns metros do solo.
Depois do pouso, Dumont foi arrancado do avião e carregado em triunfo pelo campo. Estava provada a possibilidade do voo em um aparelho mais pesado do que o ar.
Depois do 14-Bis, Santos Dumont desenvolveu vários aviões, sendo o mais famoso deles o Demoiselle, construído com bambus, com o qual visitava amigos que moravam nos arredores de Paris.
Nascido em 20 de julho de 1873, na modesta localidade de Cabangu, no município mineiro de Palmira, o "Pai da Aviação", como é conhecido, morreu a 23 de julho de 1932 no Guarujá.