Folha de S. Paulo


Descubra o que 'Detona Ralph', Maria Joaquina e lobo mau têm em comum

Editoria de Arte/Folhapress

Mocinho é o herói, o cara bom, e vilão é o mau, certo? Nem sempre.

O herói de "Detona Ralph", filme da Disney que estreou ontem nos cinemas, é um... vilão. Mas ele não é completamente mau, como muitos outros vilões mais complexos.

Em muitas histórias, os personagens não são maniqueístas (divididos entre o bem e o mal). Alguém que faz o papel de vilão pode demonstrar seu lado bom, assim como o mocinho pode ter momentos de maldade. É algo mais próximo da vida real, em que as pessoas ora fazem coisas boas ora pisam na bola (veja o "vilômetro" ao lado).

Ralph é o cara de quase três metros de altura e 300 quilos que destrói o prédio onde moram os inofensivos gentilândios. Ele faz isso só para o mocinho, Conserta Felix Jr., salvar o dia, reparando os estragos.

Mas, depois de 30 anos como o bandido do videogame "Conserta Felix Jr.", um daqueles antigões, da década de 1980, Ralph está cansado.

Até porque, mesmo quando o fliperama fecha e a vida volta ao normal, nem os gentilândios nem Conserta Felix Jr. aceitam-no em suas festas.

Em crise, ele frequenta reuniões dos Vilões Anônimos, que mostra personagens clássicos dos games. E decide ir a outros jogos atrás de uma medalha, para virar herói. Nesse percurso, o filme mescla imagens dos jogos mais antigos a de mais modernos.

GAMES CLÁSSICOS

"Não foi difícil transitar entre esses mundos. O desafio foi fazer de cada game um universo bem diferente", disse à Folha o diretor do filme, Rich Moore.

"Detona Ralph" apresenta um verdadeiro "quem é quem" de personagens clássicos de videogames antigos, como "Pac-Man" e "Street Fighter".

"Fizemos uma lista de personagens que gostaríamos que fizessem aparições no filme. Criamos um mural onde tomamos café, no escritório, para que todos os profissionais fossem colocando os nomes de seus personagens preferidos", contou o diretor.

Depois, entraram em contato com as companhias que criaram os jogos para pedir autorização e trabalharam em parceria a fim de descobrir como encaixar os personagens.

"Compartilhamos com os criadores dos games parte do roteiro e conseguimos mais participações do que imaginávamos", disse o produtor Clarke Spencer.

Arte/Folhapress

A jornalista MARIANE MORISAWA viajou a Los Angeles a convite da Disney


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