Folha de S. Paulo


Sem Marin por perto, Felipão dá entrevista de emergência após os 7 a 1

O técnico Luiz Felipe Scolari deu uma entrevista de emergência nesta quarta-feira (9) à tarde e saiu em defesa de tudo o que foi feito na seleção brasileira. Na mesa, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), ao lado dele, estava estavam apenas os integrantes da comissão técnica da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Até então, Felipão só dava entrevista coletiva nas vésperas dos confrontos da Copa e também após as partidas.

"O trabalho não foi de todo ruim, tivemos uma derrota ruim", afirmou o treinador, um dia depois do Brasil levar de 7 a 1 da Alemanha pela semifinal da Copa. "A história tem que registrar que depois de 2002 foi a primeira vez que o Brasil chegou na semifinal", completou, lembrando do título de 2002 e das quedas nas quartas de final nas Copas de 2006 e 2010. "Podemos dizer que foi sofrível, mas chegamos entre os quatro melhores do mundo."

"Em 2013/2014, foram 28 amistosos, com 19 vitórias, seis empates e três derrotas. Em jogos oficiais, foram 11 jogos, com oito vitórias, dois empates e uma derrota", lembrou o treinador.

Felipão deixou claro ainda que seu contrato com a CBF vai até o jogo de sábado, disputa pelo terceiro lugar no Mundial, contra Holanda ou Argentina, que jogam nesta quarta, no Itaquerão. O treinador disse que não iria dizer, antes do final desta partida, se continuaria no cargo –Tite é o favorito para ser o novo treinador. O presidente da entidade, José Maria Marin, não estava presente na entrevista coletiva e nem o seu vice e futuro mandatário, Marco Polo Del Nero.

"Se pudesse falar com consciência o que aconteceu nos seis minutos, eu também não sei", disse Felipão, lembrando dos quatro gols que a equipe levou dos alemães. "Tivemos uma pane. Uma pane geral. Ninguém entendia. E daí a Alemanha, que é boa, tirou a oportunidade", disse.

O técnico reafirmou que "não houve erro de planejamento". "Não mudaria nada", disse, lembrando que a Alemanha teve 8 anos pra se preparar e que ele teve um ano e meio.

Felipão ainda respondeu as críticas sobre o número reduzido de treinos afirmando que manteve o ritmo da Copa das Confederações de 2013, quando a seleção conquistou o título em casa.

Felipão aproveitou ainda para sair em defesa dos jogadores. Para ele, 70% deste elenco estarão na Copa de 2018, na Rússia. "Eles serão os jogadores que continuarão a trabalhar com o Brasil", afirmou

O técnico disse ainda que não conversou com os jogadores depois da goleada e lamentou o fato de ter tomado um gol de bola parada, o primeiro da Alemanha.


Endereço da página:

Links no texto: