Principal expoente do futebol-força durante décadas, a Alemanha explorou a habilidade técnica da atual geração para derrotar o Brasil por 7 a 1, nesta terça (8), em Belo Horizonte.
O resultado faz a Alemanha superar o Brasil em número de finais disputadas. O time europeu chegou a sua oitava final, uma a mais que o Brasil. A seleção brasileira, porém, leva vantagem em número de título: cinco a três.
No domingo (13), no Maracanã, os alemães farão a final da Copa no Brasil contra o vencedor de Argentina e Holanda, que jogam nesta quarta, às 17h, no Itaquerão.
ESQUEMA
Por ironia do destino, a equipe de Luiz Felipe Scolari perdeu com uma estratégia combativa, com o resultado acima de qualquer preocupação. Sinal de troca de identidade entre as duas seleções.
"A alegria, desta vez, vestiu rubro-negro e não era o Flamengo. Falava alemão. Ressuscitou o tiki-taka tão celebrado pela Espanha vitoriosa do período 2008/2012, mas que parecia ter sido desterrado para sempre após a humilhante eliminação dos espanhóis", escreveu Clóvis Rossi, colunista da Folha.
A mudança, entretanto, não é reflexo apenas das preferências do técnico brasileiro. Elas começaram muito antes.
Desde a década de 1980, o futebol-arte é associado no Brasil com as derrotas nos Mundiais da Espanha e do México. Já com um time pragmático, a seleção levantou a taça em 1994 e 2002.
Enquanto isso, a Alemanha passou por um processo inverso, especialmente desde o começo do século. Sob o comando de Jürgen Klinsmann, a Copa de 2006 sacramentou a transformação.
Repleto de caras novas, o time formado por Lahm, Schweinsteiger e Podolski, deu a Alemanha uma forma mais leve e habilidosa de jogar. Deu tão certo que hoje a seleção assegurou a sua primeira final com o estilo envolvente.