Folha de S. Paulo


Punição de Suárez é a mais pesada em Copas por agressão a um jogador

A punição aplicada nesta quinta-feira (26) pelo comitê disciplinar da Fifa a Luis Suárez, pela mordida no ombro de Giorgio Chiellini, é a mais pesada da história da Copa do Mundo em casos de agressão a um jogador.

O uruguaio está fora do Mundial depois de receber uma sanção de nove jogos oficiais pela seleção. Além disso, ele foi proibido de praticar qualquer atividade ligada ao futebol por um período de quatro meses. A punição cabe recurso, mas o jogador já deixou Natal e foi para Montevidéu.

A agressão, ocorrida no segundo tempo da vitória por 1 a 0 sobre a Itália, na terça (24), que classificou o Uruguai para as oitavas de final do Mundial, passou despercebida pelo árbitro mexicano Marco Antonio Rodríguez.

Sem o cartão vermelho, o comitê disciplinar julgou Suárez baseado nos vídeos do lance. E o puniu com um rigor inédito nos Mundiais.

Na Copa de 1986, o iraquiano Samir Shaker foi suspenso por um ano por cuspir no juiz da partida contra a Bélgica.

Até então, a maior punição da história das Copas por um ato de agressão havia sido aplicada a Mauro Tassotti, por uma cotovelada no rosto do espanhol Luis Enrique, hoje técnico do Barcelona, em 1994. O italiano recebeu um gancho de oito partidas.

No mesmo Mundial, o então lateral esquerdo brasileiro Leonardo quebrou o nariz do norte-americano Tab Ramos com uma cotovelada e foi suspenso por quatro jogos.

A mesma punição foi aplicada ao argentino Leandro Cufré por um chute dado em Per Mertesacker, durante briga em partida contra a Alemanha, em 2006, e ao italiano Danielle de Rossi por uma cotovelada em Brian McBride no mesmo Mundial.

SAKHO

No mesmo dia em que anunciou a histórica suspensão do atacante uruguaio, a Fifa disse ainda não saber se o zagueiro francês Mamadou Sakho corre risco de ser punido pela cotovelada no equatoriano Erazo, na quarta (25).

O lance aconteceu no primeiro tempo do empate por 0 a 0 entre as duas seleções, no Rio, que eliminou a seleção sul-americana do Mundial.

"Ainda não temos informações sobre a abertura de uma investigação nesse caso", disse a porta-voz da entidade, Delia Fischer.


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