Folha de S. Paulo


Grifes do mercado financeiro apontam Brasil como favorito na Copa

Pelo simples fato de ser anfitrião, o Brasil começa cada jogo da Copa do Mundo já ganhando de 1 a 0. Palavra não de algum técnico ou jornalista esportivo, mas de especialistas de três grifes do mercado financeiro: a Goldman Sachs, o banco UniCredit e o Danske Bank (Dinamarca).

Eles se reuniram para fazer previsões para o Mundial mas jogando com dados que vão muito além do futebol, como renda per capita, o crescimento econômico dos países emergentes e até a disponibilidade de terras aráveis.

O resultado final é o previsível: ganha o Brasil.

A previsão dos agentes de mercado coincide literalmente com o dos palpiteiros comuns: nas casas de aposta, o Brasil também é o favorito, com alguma folga.

DIVERGÊNCIAS

Mas há divergências entre casas de aposta e a avaliação dos especialistas em finanças: o UniCredit, por exemplo, recomenda apostar "agressivamente" em Uruguai e Gana, porque estariam subestimados pelos apostadores comuns.

"Embora não pareça quando você está vendo um jogo de futebol, os fundamentos econômicos desempenham um papel vital na determinação de quem vai ficar na frente", disse ao "Financial Times" Lars Christensen, analista-chefe do Danske.

Por isso, entre os Estados Unidos, de escassa tradição no futebol mas de enorme riqueza, e Portugal de Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo, ganham os Estados Unidos, dizem os economistas.

Também por isso, países emergentes de rápido crescimento como Chile e Uruguai desfizeram a vantagem inicialmente atribuída a países bem mais ricos, mas em estancamento econômico, casos de Itália e Espanha.

A Argentina, por sua vez, brilha não só por Leonel Messi, mas por ter grande disponibilidade de terra arável, o que lhe dá, em tese, vantagem sobre pequenos territórios como o da Holanda.

O TIME DOS SONHOS

A Goldman Sachs pediu a seus clientes que escalassem o "time dos sonhos" da Copa do Mundo de 2014.

Nele entram três jogadores brasileiros (Daniel Alves, Thiago Silva e Neymar), dois espanhóis (Sergio Ramos e Iniesta), dois alemães (Neuer e Lahm), o belga Hazard e os inevitáveis Messi, Cristiano Ronaldo e Ribéry.

Antes de festejar antecipadamente a prevista vitória do Brasil, um lembrete: em 2010, o polvo Paul acertou a maioria dos resultados, ao passo que os especialistas da Goldman Sachs só apontaram corretamente um dos quatro semifinalistas. Paul já morreu.

Editoria de Arte/Folhapress

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