O operário Fabio Hamilton da Cruz, 23, morreu após cair enquanto trabalhava nas obras das arquibancadas provisórias do estádio do Itaquerão. O acidente aconteceu na manhã deste sábado.
O operário foi levado ao hospital Santa Marcelina e entrou no centro cirúrgico por volta das 11h30. Por volta das 16h30, a assessoria do hospital confirmou a morte de Fabio.
A empresa Fast Engenharia, que tinha contratado a empresa WDS, à qual Fabio é ligado, para erguer as arquibancadas provisórias, afirmou que a queda foi de uma altura de oito metros. Antes, o Corpo de Bombeiros havia divulgado que o trabalhador caiu de 15 metros.
Segundo informação de um policial, Fabio se desequilibrou no momento em que estava montando o tablado da estrutura temporária. De acordo com a Fast, o trabalhador usava todos os equipamentos obrigatórios de segurança.
Apesar do acidente, os operários continuaram trabalhando normalmente no estádio. Só a área em que Fabio caiu foi isolada por policiais militares.
O ex-presidente do Corinthians e gestor do estádio Andres Sanchez está viajando, mas, devido ao acidente, voltará para São Paulo.
O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, se manifestou pelo Twitter lamentando a morte do operário.
"Muito triste com a morte trágica do operário hoje [sábado] na Arena de São Paulo. Meus sentimentos à família e aos amigos", escreveu o dirigente.
Taba Benedicto/Futura Press/Folhapress |
Policiais Militares isolam área onde operário caiu no Itaquerão |
O Itaquerão é o estádio escolhido pela Fifa para abrir a Copa no dia 12 de junho, entre Brasil e Croácia.
A arena corintiana tem 48 mil assentos, mas para receber o primeiro jogo do Mundial serão instalados mais 20 mil assentos temporários.
O acidente deste sábado não foi o primeiro nas obras Itaquerão.
Em 27 de novembro de 2013, dois trabalhadores morreram durante uma falha na instalação de uma peça da cobertura do estádio. O guindaste que içava a peça desabou durante a instalação.
Partes da estrutura atingiram e mataram os operários Fábio Luiz Pereira, 42, e Ronaldo Oliveira dos Santos, 44.
Colaborou RODOLFO STIPP MARTINO