Folha de S. Paulo


Protestos na Copa não afetarão popularidade de Dilma, diz ministro do Esporte

Eventuais protestos durante a Copa do Mundo não afetarão a popularidade da presidente Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em Campinas (a 93 km de SP).

O ministro esteve na cidade para visitar o centro de treinamento da Ponte Preta e o estádio Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani, que serão utilizados pelas seleções de Portugal e Nigéria, respectivamente, durante a Copa.

"Não creio [que os protestos afetarão a popularidade da presidente]", disse Aldo. "Eu acho que a Copa vai ter um grande apoio da população", fez questão de ressaltar. "A Copa vai ser festejada, vai ser celebrada."

No ano passado, durante a onda de protestos que se espalhou por todo o país em junho, durante a Copa das Confederações, a presidente chegou a perder 27 pontos percentuais de popularidade em apenas três semanas.

Os que consideravam a gestão Dilma boa ou ótima eram 57% na primeira semana de junho e passaram a 30% no fim do mês. Em março, melhor momento nos mais de três anos de mandato de Dilma, o índice chegou a 65%.

A queda da popularidade foi a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada. Naquela ocasião, entre março e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%).

Nos meses seguintes, Dilma conseguiu recuperar parte de sua aprovação e encerrou 2013 com 41% de pessoas que consideravam a gestão federal boa ou ótima. A porcentagem dos que achavam seu governo ruim ou péssimo caiu de 25% após os protestos para 17% em dezembro.

Sobre os protestos, Aldo disse que eles serão tratados "de acordo com a lei". "Os protestos pacíficos são protegidos e garantidos pela Constituição. Os protestos violentos são assuntos da polícia."


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