Folha de S. Paulo


Técnicos italianos defendem parada técnica durante jogos da Copa

O técnico da seleção da Rússia, Fabio Capello, e o treinador da Juventus, Antonio Conte, manifestaram neste sábado apoio à introdução de "paradas técnicas" durante jogos, o que, segundo eles, beneficiaria jogadores, técnicos e parceiros comerciais.

Essas paradas são bastante usadas em esportes nos Estados Unidos –beisebol, basquete e futebol americano–, mas no futebol enfrenta resistência por parte de muitos que argumentam que a interrupção seria prejudicial ao fluxo das partidas.

"As paradas seriam agradáveis para coisas como, do banco de reservas é difícil comunicar uma mensagem durante o jogo. Então, a parada de dois minutos seria útil para um técnico", disse Conte em uma conferência em Dubai.

Kirill Kudryavtsev/France Presse
O italiano Fabio Capello, técnico da Rússia
O italiano Fabio Capello, técnico da Rússia

Capello também observou as vantagens táticas para treinadores que a parada traria, além de apontar os benefícios de saúde e comerciais.

"As paradas para hidratar deixariam os jogadores em melhor forma e permitiriam que os clubes obtivessem mais receita", afirmou Capello, que já ganhou vários títulos na Itália e na Espanha e foi treinador da seleção inglesa por mais de quatro anos.

Para a Copa do Mundo no Brasil no próximo ano, a organização que representa os jogadores globalmente, a FIFPro, e o técnico da Itália, Cesare Prandelli, pediram pausas nos jogos devido às altas temperaturas em algumas cidades.

Pep Guardiola, treinador do campeão mundial Bayern de Munique e terceiro membro do painel em Dubai, destacou que as paradas para hidratação foram concedidas na final Supercopa da Alemanha, em julho, devido ao calor e que não causou problema à disputa.

Preocupações semelhantes também foram expressas em relação ao aumento do uso de tecnologia, como sistema de rastreamento para saber se a bola cruzou a linha, testado no Campeonato Inglês pela primeira vez nesta temporada.


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