Folha de S. Paulo


Fifa libera R$ 47 milhões para melhorar sua imagem no Brasil

Um dos principais alvos dos protestos previstos para o período da Copa, a Fifa decidiu abrir os cofres para tentar melhorar a sua imagem no país.

Na quinta-feira o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, anunciou a liberação de US$ 20 milhões (R$ 47 milhões) para um "fundo de legado para o futebol brasileiro".

Com a previsão de captar US$ 100 milhões (R$ 235 milhões) até o final do torneio, o programa pretende financiar dezenas de projetos sociais. As 12 cidades-sede serão as principais beneficiadas.

Inicialmente, o fundo seria lançado somente após o Mundial, mas a Fifa decidiu antecipar o programa após ter a imagem abalada no país na Copa das Confederações, quando os protestos foram direcionados também à entidade devido ao alto custo do torneio principal.

Juca Varella/Folhapress
Blatter e Valcke (dir.) durante entrevista na Costa do Sauipe na véspera do sorteio da Copa do Mundo
Blatter e Valcke (dir.) durante entrevista na Costa do Sauipe na véspera do sorteio da Copa do Mundo

Concebido para ser gerido em conjunto com a CBF, a entidade acredita que as ações sociais no país serão uma forma de mostrar publicamente para a população que o Mundial também deixará legado e não somente gastos.

No mês passado, o Ministério do Esporte anunciou que R$ 22,5 bilhões serão gastos em investimentos para a Copa.

A Fifa já negocia com entidades brasileiras. Em janeiro, Valcke vai anunciar os primeiros projetos beneficiados.

"Serão programas de jovens iniciantes no futebol, e também na área da educação, mas somente em janeiro teremos mais detalhes. O importante é que vamos nos antecipar e parte do dinheiro já foi depositada no fundo antes do início da Copa", afirmou o secretário-geral.

O Mundial do Brasil será o mais lucrativo da história da Fifa --vai render R$ 4,1 bilhões à entidade.


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