Folha de S. Paulo


Polícia deve ouvir hoje trabalhador que operava guindaste no Itaquerão

A Polícia Civil espera ouvir nesta sexta-feira José Walter Joaquim, 56, operador do guindaste envolvido no acidente que matou dois trabalhadores anteontem, nas obras do Itaquerão.

Joaquim é funcionário da Locar, empresa terceirizada pela Odebrecht para montar a estrutura da arena.

"Ele é uma testemunha-chave. Vamos ouvi-lo o quanto antes, amanhã [hoje] provavelmente ou na segunda-feira", afirmou o delegado titular do 65º DP (Artur Alvim), Luiz Antonio da Cruz.

O delegado já ouviu cinco pessoas no inquérito: dois policiais, um engenheiro, um técnico em segurança do trabalho e uma administradora.

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A Polícia Civil trabalha com três hipóteses para o acidente no Itaquerão: falha humana, defeito mecânico e problema no solo do terreno onde estava o guindaste.
estado de choque

Segundo colegas, Joaquim ficou em estado de choque após o acidente e foi levado para um hospital perto do estádio, de onde já foi liberado.

Morador de Igaratá (a 91 km de São Paulo), ele trabalha há cerca de 37 anos com máquinas de grande porte e operava um guindaste fabricado pela empresa Liebherr, que também forneceu equipamentos para outras sedes da Copa de 2014.

O arquiteto Márcio Antônio Campos --sem envolvimento com a obra, apenas visitava o local-- também deve ser ouvido pela polícia.

Campos gravou um vídeo no qual flagrou a peça içada pelo guindaste caindo sobre a arquibancada do Itaquerão.


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